A partir das 18h, a Praça Afonso Arinos, no centro da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, será palco de mais um protesto pelo fim da violência contra as mulheres. A manifestação faz parte da campanha Ni Una Menos (Nenhuma a Menos). Saiba mais pela página do evento no Facebook aqui.
O movimento que se empoderou (entenda o termo aqui) após o assassinato violento da menina Lúcia Pérez, de 16 anos, em Buenos Aires no dia 8 de outubro. O crime causou comoção mundial e a manifestação ocorreu em vários países no mesmo dia – 19 de outubro. Muitas manifestações se espalham pelo Brasil com a Primavera Feminista aderindo ao Ni Una Menos.
“A sociedade brasileira se sente aprisionada com a velocidade dos projetos do governo golpista que retiram nossos direitos”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Ela lembra que John Lennon disse nos anos 1970 que a mulher era o negro do mundo, numa referência à escravidão e à exploração desumana. “A luta contra o machismo é a luta pela emancipação da humanidade, por isso as mulheres estão tomando as ruas como na Polônia, na Argentina, no Brasil, enfim no mundo todo para acabar com essa chaga”.
“As manifestações vêm denunciando a cultura do estupro porque ninguém aguenta mais tamanha barbárie, as meninas estão sendo assassinadas com requintes de crueldade”, complementa.
A sindicalista defende a unidade do movimento feminista e com isso “juntar toda a sociedade para acabar com o machismo. A mídia tem que assumir a responsabilidade de difundir a necessidade de políticas públicas que visem a igualdade de gênero, a começar pela educação, levando esse debate para dentro das escolas”.
De acordo com Pereira, a sociedade está se degradando com tanta violência, tratando a mulher como objeto. “Num país como o Brasil onde os direitos humanos são cada vez mais desrespeitados, os direitos da classe trabalhadora e das chamadas minorias podem ir para o ralo se não fizermos nada. Devemos agir e unir todas as mulheres e fazer greve como as argentinas fizeram. Basta de violência”.
São Paulo
Ocorre nesta quinta-feira também um ato na frente do Tribunal de justiça do Estado de São Paulo, durante o a sessão de julgamento que apreciará o recurso de apelação da estudante de Medicina de 19 anos, vítima de estupro cometido por seu ex-namorado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O algoz foi absolvido no primeiro julgamento.
Rio Grande do Sul
Inúmeras entidades assinam nota de repúdio ao do deputado estadual e candidato a prefeito de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom (PSDB). Ele disse que daria de presente “um superbonder” para a sua empregada doméstica ao saber que ela estava grávida do quarto filho (leia a íntegra da nota aqui).
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy