Federação Sindical Mundial entra na campanha Ni Una Menos contra o feminicídio. Assista!

O vídeo tem a participação de dezenas de dirigentes sindicais de vários países e visa o fortalecimento da campanha Ni Una Menos (Nenhuma a Menos) que viralizou na internet nesta semana após o brutal assassinato da menina Lúcia Pérez, de 16 anos, na Argentina no sábado (15).

A violência gerou uma consternação geral. Espalharam-se manifestações em vários países contra a violência às mulheres. Uma multidão tomou as ruas da capital argentina, Buenos Aires, na quarta-feira (19); saiba mais aqui.

A capital paulista também foi tomada no domingo (23), com a presença de milhares de ativistas do feminismo gritando contra o feminicídio e todo o tipo de violência que vitimam as mulheres no Brasil e no mundo.

“Já passa da hora de as mulheres se unirem ainda mais para pôr fim de uma vez por todas à gama de violência que somos vítimas todos os dias. Que vão de uma cantada grosseira no meio da rua ao assassinato, passando por discriminações várias”, reforça Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A sindicalista sergipana faz referência ao levantamento feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo qual o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking global de feminicídios entre os 83 países pesquisados. Perde somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 56.000 mulheres são assassinadas no paíse número próximo são estupradas (sabendo que a maioria nao denuncia esse tipo de crime), a maioria por pessoas conhecidas ou que mantiveram relacionamento. “Mortas pelo simples fato de existirem e serem mulheres”, reclama Pereira.

Já para Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres (UBM), esses crimes “não são crimes passionais. São assassinatos que as vítimas sofrem por serem mulheres”. Ela defende maior divulgação da Lei do Feminicídio, sancionada pela presidenta Dilma recentemente.

No vídeo, Carmen Lizarra Gorridiatégui, da Central Nacional de Trabalhadores do Panamá diz “não ao feminicídio. Mulheres juntas contra esta tragédia. Nenhuma morte mais”. O grito dela ecoou em todos os cantos do mundo e várias sindicalistas repetiram. Para Pereira, “somente nas ruas e com muita unidade, as mulheres poderão virar esse jogo”.

Assista 

“O feminicídio expressa a afirmação estrita de posse, igualando a mulher a um objeto. Mulher não é um objeto. Mulher é um ser humano com o direito a decidir sobre sua vida”, finaliza Lucia Maria, da Frente da Mulher na Luta por Igualdade de Direitos, da Flemacon.

Pereira lembra da manifestação massiva que ocorreu na Polônia recentemente contra a retirada de direitos das mulheres (leia aqui), como “um bom exemplo a ser seguido na organização das feministas por equidade no Brasil e no mundo”.

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy

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