“A Reforma da Previdência proposta pela gestão interina de Michel Temer ataca 8 em cada 10 trabalhadores”, alerta o senador Paulo Paim (PT-RS), ao ressaltar que a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil mudará para pior caso a proposta passe no Congresso.
As afirmações foram feitas nesta quarta-feira (11), após audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, realizada no Sindicato dos Químicos de São Paulo, junto com representantes de movimentos sociais e entidades sindicais.
Bancos podem levar a melhor
Na oportunidade, o senador indicou que há setores da sociedade que ganharão com tal reforma e destacou como beneficiários diretos os bancos e seus fundos de previdência privada. Segundo Paim, o propósito da gestão interina é efetivar uma reforma que só restringirá direitos. Ele citou como exemplos que não deram certo as experiências de privatização na Argentina, Chile e Estados Unidos, que fracassaram, e defendeu a sustentabilidade do modelo de sistema público brasileiro.
“Por trás disso tudo tem um jogo muito pesado, a privatização geral setor. Quem é favorecido? Os grandes bancos, por que a partir do momento que você diz que a previdência pública está em risco, você estimula a iniciativa privada. A sociedade ficará à mercê da boa vontade dos bancos”, salientou ele.
Centrais em defesa da Previdência e da CLT
Como resposta à ofensiva de Michel Temer contra a Previdência Social e a CLT, as centrais sindicais convocaram para a próxima terça-feira, 16, manifestações em todas as capitais brasileiras. Em São Paulo, o ato correrá na Avenida Paulista, a partir das 16h, com concentração na frente da Fiesp.
Adilson Araújo: Às ruas dia 16 em defesa dos direitos da classe trabalhadora
“Da nossa parte não pouparemos esforços para minar o caminho dos golpistas, impedir seus passos e sabotar seus objetivos antidemocráticos, antipopulares e antinacionais. Resistiremos com todas as forças que lograrmos reunir e estaremos empenhados diuturnamente no trabalho de esclarecimento e conscientização das bases sobre esta brutal ofensiva, em contraponto à descarada manipulação dos fatos pela mídia burguesa e golpista”, avisou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Ele ainda emendou: “Estamos convencidos de que marchando com unidade, clareza e consciência, a classe trabalhadora, o movimento sindical e as forças progressistas reunirão as condições necessárias para barrar o retrocesso, derrotar o golpe e relançar a agenda por um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania nacional”.
Portal CTB – Joanne Mota, com informações da TVT