Uma boa notícia na véspera do grande ato “Fora Temer”, promovido pela Frente Povo Sem Medo, com ampla participação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB): a presidenta Dilma ganhou direito de resposta contra a revista IstoÉ.
A Justiça Cível de Brasília, concedeu direito de resposta para a presidenta Dilma contra o ataque misógino (ódio às mulheres) feita pela revista IstoÉ em 1º de abril (Dia da Mentira) com a chamada de capa “as explosões nervosas da presidente” (saiba mais aqui), informa o Portal Vermelho.
A juíza Débora Bergamasco afirma que o direito à informação “tem que ser guiado pela veracidade do conteúdo publicado”. Para ela, “o direito de resposta é pautado tanto pela ampla defesa quanto pelo direito público à informação verídica”.
Dilma afirma que quando a mídia “distorce ou inventa fatos e ofende pessoalmente aqueles que acusa, incorre em crime contra a honra e, no limite, contra o Estado Democrático de Direito”.
“Essa vitória não é apenas da presidenta Dilma contra uma agressão sofrida por um meio de comunicação que fez reportagem escondendo-se em supostas fontes que ninguém sabe quem são”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.
“É uma importante vitória de todas as brasileiras atingidas em cheio por essa matéria carregada de rancor e ódio às mulheres”, complementa. “Espero que consigamos também desmitificar outras matérias tipo a “bela, recatada e do lar” (leia mais aqui).
Os advogados da presidenta pretendem mover outras ações contra a revista IstoÉ, por novas publicações consideradas ofensivas contra a honra de Dilma e da família da presidenta, que foram alvo de duas outras reportagens publicadas em julho. Utilizando-se de ilações e factoides, a revista disse que a família de Dilma teria recebido ilegalmente segurança e carros, no que consistira um abuso.
Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP diz que “o direito de resposta deveria ter sido concedido já na semana seguinte à publicação infame”. Para ela, “nesses casos de ataque à honra de pessoas pela mídia a Justiça deveria agir com maior rapidez e rigidez”.
A presidenta Dilma reforça que o direito de resposta concedido pela Justiça não é uma vitória apenas dela, mas de toda a sociedade brasileira. Ângela Meyer, diretora de Comunicação da União da Juventude Socialista de São Paulo defende uma nova lei de mídia para coibir “ataques sem provas a pessoas”.
“Desde que assumiu o governo em janeiro de 2011, Dilma vem sofrendo ataques misóginos de uma imprensa sem nenhum compromisso com os fatos”, afirma Meyer. “E é uma luta desigual, pois a comunicação, no Brasil está nas mãos de meia dúzia de famílias, que monopolizam e desinformam a sociedade. Isso tem que mudar”.
“A ‘reportagem’ de capa desta revista me ofende, sem dúvida, por me atribuir comportamento que não condiz com minha atitude pessoal e meu temperamento”, afirma Dilma, mas “estende a agressão a todas as mulheres brasileiras, guerreiras que, no seu dia a dia”.
Já Pereira diz que a Justiça agora deve fiscalizar a consecução desse direito de resposta. “Como diz a sentença da juíza, a resposta tem que ter o mesmo espaço e a mesma publicidade do ataque sofrido pela presidenta”.
Importante também ressaltar que a presidenta garante ao Brasil 247 que em sua volta ao governo pretende encaminhar um plebiscito sobre novas eleições para a Presidência da República, além de revogar todos os atos com retiradas de direitos feitos pelo desgoverno Temer.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy