Nascido na Argentina em 1946, o cineasta Hector Babenco se naturalizou brasileiro e fez carreira cinematográfica no país. Dirigiu clássicos como “Lúcio Flavio, o Passageiro da Agonia” (1977), “Pixote – a Lei do Mais Fraco” (1980), “O Beijo da Mulher Aranha” (1985) e “Carandiru” (2003).
Babenco morreu, aos 70 anos, após parada cardíaca na noite desta quarta-feira (13) em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês desde terça para tratar uma sinusite, segundo sua filha, a fotógrafa Janka Babenco. “Ele já estava com o corpo cansado e teve a parada cardiorrespiratória. Foi tudo muito simples, muito básico”, disse Janka.
O velório será nesta sexta-feira (15), na Cinemateca, em São Paulo, das 10h às 15h. Depois disso, o corpo do cineasta será cremado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, em uma cerimônia apenas para familiares e amigos.
Babenco se naturalizou brasileiro em 1977 e deixou uma belíssima contribuição para o cinema nacional. Baseado no livro homônimo do argentino Manuel Puig, “O Beijo da Mulher Aranha” foi indicado ao Oscar de melhor diretor.
O cineasta havia realizado um transplante de medula nos anos 1990 para tratar um linfoma linfático, experiência que resultou no filme autobiográfico “Meu Amigo Hindu” (2015), sobre um diretor chamado Diego, que descobre um câncer em estado terminal. Quando confrontado pela Morte (Selton Mello), ele expressa só um desejo: realizar mais um filme.
Com agências