Neste 1º de abril de 2009, trabalhadores gregos liderados pela Pame, a Federação Sindical da Grécia, ocuparam,desde às 7h da manhã (horario local), os escritórios das multinacionais Citigroup (em frente ao Parlamento Grego), British Airways e ALICO em Glyfada. As ocupações acontecem sob o lema "Pare o desemprego, pare a exploração".
A Pame também convocou 69 manifestações nas cidades gregas e uma greve geral de 24 horas.
As manifestações, segundo informe emitido pela FSM, estão mobilizando milhões de trabalhadores contra o desemprego e a exploração capitalista. No Brasil, a CTB e a CGTB, que são filiadas à FSM, anteciparam a data e realizaram atos e manifestações em mais de 19 capitais no dia 30 de março (clique aqui para saber mais).
A data de 1º de abril foi convocada pela FSM na Conferência Sindical realizada em Lisboa em 15 e 16 de dezembro de 2008.
As principais bandeiras da mobilização são:
– A classe trabalhadora e os povos do mundo, vítimas das políticas anti sociais exigem mudanças profundas; construir, consolidar e defender as políticas, econômicas e sociais como alternativas ao capitalismo e ao modelo neoliberal de globalização.
– Somente a ação unida dos trabalhadores/ras e das forças progressistas sob os princípios de classe podem impedir uma maior exploração e precarização do trabalho.
– Pela distribuição da riqueza, valorizar os salários.
– Contra o Trabalho Infantil.
– Não mais demissões de trabalhadores/ras, defesa dos direitos sociais e trabalhistas.
– Redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pelo fortalecimento dos sindicatos.
– Contra todas as formas de discriminação contra as mulheres trabalhadoras, jovens, imigrantes, etc, pela igualdade de oportunidades
– Nacionalização da banca e de outros sectores estratégicos como a energia, a soberania alimentar sob controle social.
– Fim imediato das guerras, e dos fundos destinados à OTAN e à aquisição de armas militares que esses recursos sejam investidos no setor produtivo para a geração de emprego e desenvolvimento dos povos.
– Não mais repressão e assassinatos de líderes sindicais e ativistas sociais.
– Pela retirada imediata e incondicional das tropas de ocupação militar do Iraque, Palestina e outros territórios árabes e do Afeganistão.
– Pelo respeito pleno à soberania e livre autodeterminação dos povos.
Trabalhadores gregos protestam em frente ao escritório do Citibank em Atenas – Grécia