Uma delegação de 13 cetebistas participa das atividades que ocorrem durante a 104ª Conferência da OIT (Organização Internacional do Trabalho) entre os dias 1 e 13 de junho, em Genebra, na Suíça. Além dos debates da OIT, a Central também marca presença na agenda da Federação Sindical Mundial (FSM), que acontece paralelamente à Conferência.
A CTB reúne abaixo depoimentos e experiências vivenciadas no evento pelos seus dirigentes.
Leia abaixo os depoimentos:
“Como conselheiro técnico acompanhei de perto a Comissão de Pequenas e Médias Empresas e de criação de empregos. Busquei, em nome da CTB, intervir nas diversas instâncias, particularmente na sessão plenária da ONU, quando falei pela União Internacional de Sindicatos (UIS) de Transporte”, reportou o conselheiro técnico da Central na OIT, José Adilson Pereira, ao participar de um debate sobre a transição da economia informal para a formal.
“Pelo seu caráter tripartite, a OIT é hegemonizada pelo capital e, ainda assim, consegue reunir representantes dos governos e até do movimento sindical. No entanto, o sindicalismo classista não deve ficar alheio a esse espaço. Pelo contrário, devemos levar em consideração as contradições existentes e impulsionar a luta também nessa arena política”, opinou o vice-presidente da FSM, João Batista Lemos.
“É um fórum internacional que trata das relações entre o trabalho e o capital, muito embora a valorização do trabalho esteja em desvantagem em relação ao acúmulo de capital pelo empresariado”, avaliou o secretário- geral da União Internacional de Sindicatos (UIS) Metal, Francisco Sousa.
O petroleiro Leonardo Freire, da CTB-MG, considera que este é mais um espaço da luta de classes: “A CTB vem crescendo e pode afirmar também aqui o seu protagonismo político”. Opinião compartilhada pela dirigente Gilda Almeida. “Essas conferências são espaços para disputas, mesmo com uma correlação de forças desfavorável aos nossos interesses classistas. Nos confere a oportunidade de novas articulações e inserções da CTB em nível mundial”.
Os metalúrgicos Aurino Nascimento, Alex Santos e Wallace Paz também enfocaram a importância política da participação da CTB desta agenda internacional. Para Nascimento, a luta de classes está presente nos fóruns de discussão da OIT “mesmo que a maioria tente camuflar”. “A busca por uma melhor regulação do trabalho se expressa aqui com uma forte disputa de ideias. A CTB e a FSM estão cumprindo bem essa disputa neste espaço”
Alex Santos destacou a inclusão do projeto de terceirização ilimitada no rol de debates. “A CTB trouxe com força a denúncia da terceirização no Brasil. O boletim especial que aqui distribuímos fomentou os debates em torno do tema”
E Paz classifica como positiva a iniciativa da CTB de incluir os eventos em sua agenda política: “A iniciativa revela um passo adiante. Esse esforço não deve ficar restrito apenas aos períodos dessas conferências, mas devemos preparar a nossa intervenção como tarefa de nossa rotina política”.
Além da excelente experiência, a assessora Jenny Dauvergne, destacou na conferência a importância das campanhas solidárias aos povos de Cuba, Venezuela, Palestina e Síria desenvolvidas pela FSM. “Essa posição firme será determinante para a constituição de um secretariado para a solidariedade internacional”.
O secretário de relações internacionais da CTB, Divanilton Pereira, destaca a importância da ida desta delegação à OIT: “Esta conferência inaugura uma nova fase da intervenção da CTB na agenda da OIT. A partir dessa inédita delegação iremos constituir um coletivo que acompanhará permanentemente essas conferências”.
Saiba mais sobre a conferência e o que lá está sendo debatido no artigo CTB defende Revolução Bolivariana em Conferência da OIT
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