Mulheres da CTB defendem Reforma Política para empoderar suas vozes (Foto: Fernanda Ruy)
Milhares de feministas alegraram as ruas da capital paulista neste domingo (8) – Dia Internacional da Mulher. “Somos mais da metade da população e queremos nossos direitos respeitados. Queremos uma vida digna, sem medo. Queremos trabalhar e receber salário justo. Queremos a felicidade dos olhos de uma mãe que ama, que afaga, mas que luta por seus direitos”, preconiza Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.
Voz corrente em todas as mulheres presentes foi o grito pela legalização do aborto e a punição rigorosa aos estupradores e molestadores de mulheres. “Cerca de1 milhão de abortos são praticados no Brasil e nas piores condições, expondo as mulheres ao risco de morte”, denuncia Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres (UBM).
Além disso, emenda Ivânia, “aproximadamente 5 mil mulheres são assassinadas anualmente no país, em geral, pelos próprios parceiros e em casa”. A sindicalista realça também o crescente número de estupros porque “para muitos homens a mulher não passa de propriedade privada e objeto”, reclama. “E a mídia reforça essas ideias cotidianamente”. Segundo Ivânia, “a CTB não se cansa de denunciar essas atrocidades e de lutar pela democratização dos meios de comunicação, onde todos os setores da sociedade possam se expressar”.
A veterana ativista Ana Martins, da UBM defendeu a participação de todas as presentes a participarem no ato da sexta-feira (13) em Defesa da Democracia, da Petrobras e do Emprego, “contra a manipulação golpista daqueles que perderam no voto e agora querem ganhar no grito. Não passarão”, acentuou.
Já Ivânia fortalece o slogan das feministas: “Nenhum direito a menos, todos direitos a mais”. Para ela, “o Brasil tem avançado em leis que punem os violadores dos direitos das mulheres, mas ainda precisamos avançar”, reforça. “Há necessidade de termos mais creches diuturnas e noturnas para as mães poderem trabalhar tranquilas. Precisamos de salários iguais por funções iguais”.
A dirigente da CTB ressalta que “em pleno século 21, as mulheres ainda são aviltadas em seus direitos, em suas vidas, porque ainda há homens que têm medo do novo e o novo está com as mulheres”.
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Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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