Lançamento da revista Mulher de Classe defende a luta emancipatória

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Combater as desigualdades de direitos e sociais, ocupar os espaços de poder e tratar de temas intrinsecamente ligados à luta emancipatória da mulher, fazem parte da 5ª edição da revista Mulher de Classe lançada na noite da última quarta-feira (04), em São Paulo. A revista é uma publicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A cerimônia, conduzida pela secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira, foi realizada na Biblioteca Mário de Andrade, e reuniu representantes de entidades dos movimentos sociais, sindical e do governo municipal.

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Subiram ao palco para saudar a iniciativa a deputada estadual Leci Brandão; Denise Mota Dau, secretária Municipal de Políticas para Mulheres; Liège Rocha, secretária nacional da Mulher do  PCdoB; Ana Maria Lanatovitz, representante do Conselho da Condição Feminina; Rozina Conceição, coordenadora da UBM-SP; além dos dirigentes da CTB, Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais; Mônica Custódio, secretária de Políticas de Promoção de Igualdade Racial; e José Paulo Nobre, secretário-geral da CTB-SP, que em uníssono reforçaram a importância desse instrumento no debate de ideias.

“Essa revista, que representa um instrumento de luta, é fruto da rebeldia e da não aceitação da desigualdade, do poder de opressão sobre as mulheres, não só no Brasil como no mundo”, afirmou Ivânia Pereira.

A revista se propõe a fazer o debate sobre a discriminação presente na sociedade para levar à conscientização. “Só pela conscientização, mulheres e homens conseguirão reverter essa realidade e alcançar a emancipação que defendemos. Por isso a Mulher de Classe, que promove essa discussão, será distribuída em todos os estados”, revelou a dirigente.

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A iniciativa foi saudada por Denise Dau. “Iniciativas como essa são positivas, pois se propõem a discutir questões relacionadas ao mundo das mulheres trabalhadoras, para que elas se identifiquem e façam o debate na base, na sua categoria. Parabéns à CTB pela iniciativa”, afirmou a secretária Municipal.  

Uma luta de homens e mulheres

Liége Rocha destacou a relevância desse debate na atual conjuntura e para o avanço das conquistas. “Esse é um instrumento importante na luta de ideias. Vivemos um momento onde essa questão é muito importante para que evitemos retrocesso, a perda de direitos e para que possamos avançar nas nossas conquistas. Dentro desse contexto, os artigos que a revista traz são abrangentes e contêm a experiência da luta das mulheres na América Latina, na França, sob vários aspectos. Eu tenho certeza que esse número vai contribuir para o avanço da luta por um mundo de igualdade, de inclusão e sem discriminação”, destacou Liège Rocha.

Desigualdade e discriminação condenada também pela deputada estadual, Leci Brandão. “Essa falta de respeito com a mulher presente na sociedade é tão grande que nós fizemos uma eleição legitima, através da vontade popular e uma pequena parcela da sociedade quer desmentir essa verdade, destruir um projeto que tem compromisso com a questão social, com a diversidade presente na sociedade, que tem pensamentos afins. Por isso a batalha não será fácil”, conclamou Leci Brandão ao mencionar a forma como a mulher é tratada na sociedade. Hoje temos um congresso reacionário que já está colocando ‘as mangas’ de fora e contamos com vocês para barrar esse processo. Porque podemos ser discriminadas e subjugadas, mas juntas somos fortes”.

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Nesse sentido, para a deputada instrumentos como a revista Mulher de Classe servem para levar informação e conhecimento sobre a real situação da mulher. “Essa revista tem que ser distribuída em todo o país, porque a partir dessa leitura as pessoas ficarão mais conscientes e mais sabias. Vocês que construíram essa revista são as verdadeiras celebridades. Parabéns”, conclui a deputada.

Confira: Em vídeo, Leci Brandão parabeniza revista Mulher de Classe

A ofensiva reacionária presente na sociedade brasileira e o atual momento político também foi lembrada por Ivania Pereira, que conclamou trabalhadoras e trabalhadores a saírem às ruas nos dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher e no dia 13 – Dia Nacional de Luta.

O que conquistamos até hoje não é pouco e é isso que está em jogo no Brasil. Precisamos dizer à presidenta Dilma Rousseff que não aceitaremos nenhum direito a menos, contudo é preciso ir às ruas para garantir a democracia em nosso país, a vontade popular e a soberania nacional contra essa ofensiva reacionária que tenta de forma oportunista ir contra vontade popular. Portanto, vamos sair às ruas nessa luta que para mostrar que não vamos aceitar esse ataque à democracia e à soberania nacional”, reforçou Ivânia Pereira.

O ato das mulheres em São Paulo neste domingo (8) – Dia Internacional da Mulher promete mobilizar milhares de pessoas. A concentração acontece no prédio da Gazeta, na Avenida Paulista, a partir das 10h.

Já o Dia Nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais para o dia 13, que faz parte da jornada de março, promete mobilizar todo o pa&iac
ute;s. Atos, manifestações e caminhadas serão realizadas nas principais capitais brasileiras para enfrentar a onda golpista, em defesa da nação, da soberania, da Petrobras e do emprego. E também se posicionar veementemente contra as medidas 664 e 665 que colocam em risco conquistas trabalhistas históricas. Em São Paulo, o ato acontece a partir das 16h, também na avenida Paulista.

No encerramentol a cetebista prestou uma homenagem às dirigentes Lurdinha Rodrigues e Rosângela Rigo, que ocupavam coordenações na Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, e Célia Maria Escanfella, ativista e consultora, que faleceram em um trágico acidente no dia 14 de fevereiro.

Ao final foi servido um coquetel aos participantes para celebrar o lançamento da nova edição.

Cinthia Ribas – Portal CTB

 

 

 

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