Todas as vozes do Brasil vão se encontrar na 9ª edição da Bienal da UNE, o grande encontro cultural, artístico e científico de jovens brasileiros que acontece entre os dias 1 e 6 de fevereiro, no Rio de Janeiro, com atividades concentradas na Fundição Progresso, no Circo Voador (abertura) e nos Arcos da Lapa (shows gratuitos ao ar livre).
Com o objetivo de reunir as diversas expressões artísticas, valorizar a identidade nacional e conectar as produções estudantis de todas as regiões do país, o encontro cumpre uma extensa programação para todas as formas, cores, sons, jeitos e expressões da juventude brasileira.
Sob o tema “Vozes do Brasil”, a UNE faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil, a variabilidade linguística e seus diferentes registros, a relação da fala e da escrita com os diferentes lugares sociais de um país ainda marcado por fortes desigualdades.
Muitas das atividades da 9ª Bienal da UNE ocorrem simultaneamente. Então é necessário estar atento ao guia de programação que distribuído no momento do credenciamento.
Para participar das oficinas e das atividades do Lado C, projeto da Bienal que leva o estudante para um intercâmbio cultural com as comunidades da região, o estudante deve ficar ligado e procurar o stand de inscrição assim que chegar à Fundição Progresso.
Fazem parte da programação mesas de debates, seminários sobre a reforma política, cultura, LGBT, saúde e esporte, além de saraus, lançamentos de livros, encontro de redes, roda de funk e duelo de MCs. O esporte de rua terá espaço com atividades de basquete, slackline, skate e tecido.
Os homenageados dessa edição receberão uma programação específica, como é o caso de Horácio Macedo (projeto de extensão), que terá seu nome lembrado pelo atual reitor da Universidade Federal da do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da Conceição. Já o homenageado de audiovisual, Eduardo Coutinho, será lembrado exatamente na data em que faz um ano da sua morte. Será montado na Fundição Progresso um cinema de rua como os de antigamente com cartazes originais de seus filmes reproduzidos na entrada.
Os 70 anos da morte de Mário de Andrade são um motivo para celebrar uma das figuras mais emblemáticas do movimento modernista brasileiro. A nova linguagem proposta pelo escritor no início dos anos 1920 se reinventará no espetáculo de abertura da 9ª Bienal, que acontecerá no belíssimo Circo Voador, a partir das 17 horas.
Macunaíma, nosso anti-herói tupiniquim, é o elemento central da encenação que contará com apresentação musical, instalações cenográficas, intervenções, interpretações cênicas, leituras de trechos modernistas e cortejo.
Famosa lona da Lapa, o Circo Voador é um tradicional espaço cultural da cidade e referência da cena musical brasileira desde a década de 1980. Tem capacidade para cinco mil pessoas em uma arena que inclui palco, pista de dança e arquibancada. Inúmeras atrações nacionais e internacionais já se apresentaram nele. Espaço para vanguarda de todas as artes, foi no Circo Voador que muitos grupos e artistas deram os primeiros passos na carreira, como Barão Vermelho, Legião Urbana, Blitz, Os Paralamas do Sucesso e Capital Inicial.
O festival vai ocupar praticamente todo o prédio da Fundição. Os trabalhos selecionados das áreas de literatura, música, audiovisual, artes cênicas, artes visuais, ciência e tecnologia e projetos de extensão serão apresentados lá. Debates com personalidades, aula-espetáculo, oficinas e manifestações também acontecerão dentro da casa.
Todos os anos, cerca de 800 mil pessoas participam de atividades na casa como cursos, exposições e shows. A Fundição funciona como um grande centro de circulação de informação em diferentes áreas artísticas como música, teatro, vídeo, cinema, dança e circo, através dos diversos grupos sediados no local, como é o caso de Intrépida Trupe, Armazém Cia de Teatro, Teatro de Anônimo, Filmes do Serro, Vídeo Fundição, entre outros.
Confira a programação completa no site da Bienal da UNE.
Fonte: UNE