O Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto (SP), entidade filiada à CTB, se reuniu na manhã da última terça-feira (09) com a Administração Municipal, para discutir o pagamento do adiantamento do processo dos 5,15%.
No encontro ficou definido que uma comissão paritária será nomeada nos próximos dias para discutir o pagamento da parcela de antecipação, que foi suspenso no mês passado pela prefeitura por falta de dinheiro.
“A prefeitura pode alegar o que ela quiser. A verdade é que a Administração não tem dinheiro para arcar com suas responsabilidades. São muitos os fatos que comprovam que a prefeitura está em crise financeira. Diariamente a imprensa de Ribeirão noticia que as empresas que prestam serviço no município estão sem receber. A coleta de lixo está comprometida porque o governo não repassa o dinheiro que deve às empresas há três meses. Existem ONGs que não recebem a verba da Educação desde o mês de agosto, comprometendo o trabalho que é realizado por estas instituições do terceiro setor. Até quando vão tapar o sol com a peneira, criando factóides jurídicos para esconder a verdadeira situação financeira do município?”, questiona o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
A reinvindicação diz respeito ao pagamento da parcela de outubro do chamado acordo dos 5,15%. Firmado em agosto de 2012, o acordo coletivo prevê um acréscimo mensal de R$ 150 ao salário dos empregados, a titulo de antecipação, referente a um reajuste salarial incorreto ocorrido na década de 1990.
Para o Sindicato, a administração municipal usou o apoio da Câmara Municipal para remanejamento de verbas em vão, uma vez que conseguiu a aprovação dos vereadores para transferir R$ 44,7 milhões que seriam utilizados em obras, como a ampliação da pista do Aeroporto Leite Lopes, para garantir o pagamento dos servidores. Ainda assim, a parcela do acordo dos 5,15% não foi paga. O Sindicato aceitou a criação da comissão com a condição de que o processo dos 5,15% seja resolvido em definitivo.
“Não adianta mais pensarmos apenas no pagamento da antecipação. Se o governo quer dialogar em cima de algo que já estava acordado, a discussão tem de ser feita em cima da resolução por completo do processo. A discussão tem que ser focada na homologação do processo na Justiça. Tudo que o Sindicato poderia fazer pelo processo em relação à Justiça foi feito. Entregamos os nomes das pessoas que compõem o processo, apresentamos os cálculos jurídicos, falta apenas o governo fazer a parte dele. E mais, chega de tentar vender uma imagem que não é realidade. Ribeirão passa por uma crise financeira muito séria. Este problema é administrativo, e quem tem que resolvê-lo é a Administração municipal, e sem prejudicar os servidores e a população ribeirão-pretana”, finaliza Wagner.
Fonte: Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto