Uma importante vitória foi conquistada pelos trabalhadores gaúchos nesta terça-feira (02), com a aprovação, pela Assembleia Legislativa, do reajuste de 16% para o salário mínimo regional. Apesar da pressão de setores empresariais, 41 deputados votaram a favor do projeto do Executivo, não tendo sido registrado nenhum voto contrário.
Com a decisão, o valor da faixa 1 de remuneração – a mais baixa – passa de R$ 868 para R$ 1.006,88. Para a faixa 2, o valor será de 1.030,06. O valor passa a ser de 1.053,42 na faixa 3, de R$ 1.095,02 na faixa 4 e R$ 1.276 na faixa 5. Cerca de 1,3 milhão de trabalhadores serão atingidos diretamente pelo aumento.
Apesar do benefício que o aumento vai gerar para o estado, representantes do campo empresarial pretendem questionar na Justiça o aumento aprovado.
“A valorização do piso regional, ao contrário do que afirmam setores empresariais, significa um poderoso instrumento de democratização da renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida”, explicou Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em artigo recentemente publicado no jornal Zero Hora. “O papel do estado é sim o de buscar o equilíbrio social e esta é uma das formas mais eficazes: valorizando o trabalho”, completou.
Na avaliação de Todson Andrade, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa que participou da sessão juntamente com outros dirigentes sindicais, além de ser uma vitória importante para os trabalhadores de maneira geral, o aumento “é instrumento essencial para balizar o próximo dissídio”. Para ele, “o Rio Grande do Sul e o Brasil precisam de maior desenvolvimento e isso passa também pela valorização do trabalhador”.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa