O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou também que o país vai apresentar uma denúncia perante a Corte Penal Internacional “sobre o genocídio que Israel está cometendo contra a população civil da Faixa de Gaza”.
“Bolívia tinha relações diplomáticas com Israel, mas, diante desses acontecimentos de grave atentado contra a vida, a humanidade, a Bolívia rompe relações diplomática com Israel”, disse Morales, em encontro com diplomatas.
De acordo com o presidente boliviano, “os crimes do governo de Israel afetam a estabilidade e a paz mundial e fizeram retroceder a pior etapa dos crimes de lesa-humanidade que não foram vividos, a não ser na Segunda Guerra Mundial e nos últimos anos na ex-Iugoslávia e Ruanda”.
Já o anúncio da decisão por parte do governo venezuelano foi feito por meio de comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela. De acordo com o texto divulgado, o país de Hugo Chávez tomou essa decisão “em coerência com sua visão de um mundo de paz, solidariedade e respeito ao direito internacional”.
A chancelaria venezuelana se mostrou indignada com o não-cumprimento por parte de Israel da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que determina o cessar-fogo na Faixa de Gaza. “Israel foi omisso ante os reiterados chamados das Nações Unidas, violando de maneira reiterada e desavergonhada as resoluções aprovadas pela maioria de seus membros e se colocando cada vez mais à margem do direito internacional”, acrescenta o comunicado.
Também o governo da Venezuela anunciou que vai insistir para que o Estado de Israel seja denunciado por crimes de lesa humanidade e “não vai descansar até vê-los [as autoridades israelenses] severamente castigados”.
Segundo informações da BBC Brasil, também ontem o exército do Líbano enviou tropas para reforçar o contingente na fronteira com Israel, a fim de monitorar o lançamento de foguetes e possíveis agressões de Israel contra o território libanês. O anúncio foi feito depois que pelo menos três foguetes foram disparados contra Israel do sul do Líbano. Os israelenses responderam com o lançamento de quatro mísseis contra o território libanês.
Agência Brasil