A União Brasileira de Mulheres no Maranhão (UBM-MA), com apoio da Secretaria da Mulher Trabalhadora do SINPROESEMMA e da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Maranhão (CTB-MA) realizaram uma panfletagem na Praça Deodoro, na tarde desta terça-feira (25), pelo Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher e os 16 Dias de Ativismo.
O objetivo da atividade é conscientizar a sociedade da situação grave evidenciada por pesquisas desenvolvidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e entidades brasileiras que lutam contra a violência de gênero.
Neste dia 25 de novembro, o mundo diz “não!” à violência contra a mulher, data escolhida para mobilizações em vários países contra a chamada violência de gênero. No Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é agredida por seu companheiro e metade das mulheres vítimas de homicídio é assassinada por seus parceiros. No Brasil, em 2013, o total de estupros registrados chegou a 50.320, uma média de quase seis a cada hora, um a cada 10 minutos.
Especialistas alertam que enfrentar a violência de gênero deve ser encarado como um desafio permanente em todos os países com meta de abranger mulheres independentemente de idade, condições socioculturais e econômicas.
Nos primeiros seis meses de 2014, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 realizou 265.351 atendimentos, sendo que as denúncias de violência corresponderam a 11% dos registros – ou seja, foram reportados 30.625 casos – somente por essa via em seis meses. Em 94% dos casos, o autor da agressão foi o parceiro, ex-parceiro ou um familiar da vítima. Para coibir a violência contra as mulheres na sociedade brasileira, além de garantir os direitos em casos em que a violência já aconteceu, com acolhimento das vítimas e responsabilização dos agressores, é preciso atuar também para que ela não aconteça, promovendo a reflexão e o debate público sobre esta grave violação de direitos humanos. Para a secretária da Mulher Trabalhadora, Hildinete Rocha, conscientizar as mulheres e a sociedade de modo geral da necessidade de denunciar o agressor, ao mesmo, tempo, é necessário garantir o acolhimento e a segurança das vítimas.
Violência de gênero no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados sobre violência de gênero no mundo, na sexta-feira passada (21/11), com o objetivo de alertar autoridades, mulheres e homens para a gravidade dos riscos a que o gênero feminino está sujeito por causa desse tipo de violência. Os índices são considerados graves:
uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência conjugal
Além de sofrer violência doméstica, 100 a 140 milhões de mulheres sofreram mutilações genitais
7% das mulheres correm risco de ser vítimas de estupro ao longo da vida
70 milhões de meninas se casaram antes dos 18 anos
Fonte: Sinproesemma