Após exaustivas reuniões com os representantes da classe patronal, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campina Grande e Região (PB) conseguiu fechar, na noite do dia 14 de novembro, a Convenção Coletiva garantindo direitos econômicos e sociais para os comerciários, tendo como período de vigência 1º de novembro do corrente ano a 31 de outubro 2015. Os reajustes para os pisos variam de 7,5% a quase 10%.
Os trabalhadores de Campina Grande passarão a receber R$ 832, retroativo a 1º de novembro. Até outubro a categoria recebia um piso de R$ 763. O Sindicato laboral tentou convencer os patrões para que os mesmos aprovassem o valor de R$ 900, proposta rejeitada em todas as reuniões pelos empregadores.
Os trabalhadores de Esperança e Queimadas receberão um piso de R$ 805, enquanto os das demais cidades da base do Sindicato dos Comerciários foram contemplados com um piso no valor R$ 800. As cláusulas econômicas, segundo o representante da categoria comerciária, José do Nascimento Coelho, foram as que geraram o impasse, prolongando as negociações por cerca de um mês.
A proposta de concessão do vale-refeição, inicialmente no valor de R$ 10, posteriormente reduzido para R$ 6, lançada de forma inédita pelo Sindicato dos trabalhadores, trouxe dificuldade às negociações. Depois de acirradas discussões do referido item, foi ofertada pelos representantes da classe patronal uma contraproposta no valor de R$ 5, mas apenas para empresas que mantenham em seus quadros acima de dez empregados.
Os abonos para quem trabalha aos domingos e feriados ficaram definidos da seguinte forma: Feriados – R$ 36 (empresa acima de dez empregados); R$ 26 (empresas com até dez empregados). Domingos – R$ 29,50 (empresa acima de dez empregados) e R$ 18 (empresa com até dez empregados). As demais cláusulas da Convenção Coletiva garantidas anteriormente e ao longo das discussões da pauta 2014-2015 foram mantidas.
Assim que foram iniciadas as discussões da Campanha Salarial, no final de outubro passado, o processo foi mediado pelo advogado João Murineli, representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Norte e do Nordeste (Feconeste). Ele defendeu, juntamente com os diretores do Sindicato dos Comerciários, as melhores propostas para os trabalhadores.
Por Francinete Silva, do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campina Grande e Região