Chico Cavalcanti, destacado cineasta da Boca do Lixo, faleceu na madrugada da quarta-feira (1º), aos 72 anos, em São Paulo. Deixa para a história 30 filmes, com alguns clássicos da pornochanchada brasileira como “As Mulheres do Sexo Violento” (1976), “O Porão das Condenadas” (1979), “Aberrações de uma Prostituta” (1981), “Os Violentadores de Meninas Virgens” (1983) e “Ivone, a Rainha do Pecado” (1984).
Muito amigo de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, Chico realizava produções de baixíssimo orçamento, chegando a atingir um público de “1 milhão, 1,5 milhão de pessoas”, diz seu filho Fabricio Cavalcanti, que finaliza o filme “Meu Pai a 24 Quadros”, com a biografia do pai. Segundo Fabricio, seu pai não dirigiu apenas pornochanchadas, mas também documentários, comédias, e policiais. Estava reescrevendo o roteiro de “A Irmã do Demônio” em parceria com Zé do Caixão.
Boca do Lixo foi um polo cinematográfico no centro da capital paulista dos anos 1960 até início dos anos 1990 com obras de baixo custo, entre produções eróticas, policiais, bangue-bangue e terror. “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla, é uma das produções de maior destaque da Boca do Lixo.
O cineasta foi cremado nesta quinta-feira no cemitério da Vila Alpina na capital paulista. A CTB lamenta a perda desse importante representante da cinematografia nacional e transmite seus pêsames aos familiares.
Direção da CTB