Professores de Presidente Sarney (MA) pedem apoio dos deputados

Uma caravana formada por 60 professores do município de Presidente Sarney (MA) participou, na manhã da última quarta-feira (24), de um ato público na Assembleia Legislativa do Maranhão. Os trabalhadores reivindicam a participação dos deputados estaduais na solução da greve da educação município, que completou um mês na quinta-feira (25).

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Público de Presidente Sarney, Elissandro Ribeiro, a luta dos trabalhadores é pelo cumprimento do plano de cargos, carreiras e vencimentos, que ocorre desde maio de 2012, quando essa legislação foi aprovado pela câmara. Após diversas tentativas de diálogo para colocar a lei em prática, os professores decidiram entrar em greve no dia 26 de agosto como meio para pressionar o prefeito.

O dirigente explica que o plano aprovado garante uma recomposição salarial dos profissionais a partir do enquadramento dos professores na rede, o que, segundo ele, é fundamental para manter a valorização da carreira. O cumprimento do projeto, porém, esbarra na falta de interesse do prefeito Edson Chargas (PMDB), que já pediu tempo de um ano e agora quer mais quatro meses, o que os trabalhadores não aceitam mais. “Ou o prefeito cumpre o que está na legislação, ou convoca os trabalhadores para apresentar uma proposta decente, só não pode pedir mais esse prazo de quatro meses”, explica o presidente da entidade. Durante o ato na assembleia, os trabalhadores conquistaram o apoio dos deputados estaduais Bira do Pindaré, Vitor Mendes (PV) e Othelino Neto (PCdoB). Os parlamentares se comprometeram em buscar a prefeitura de Presidente Sarney para encontrar uma solução para o impasse.

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Judicialização

No lugar da prefeitura buscar o melhor caminho para o diálogo com os profissionais, a procuradoria do município ajuizou uma ação no Tribunal de Justiça do Maranhão no dia 26 de agosto e obteve uma liminar que considerou o movimento dos professores como ilegal. Paralelamente a isso, a prefeitura também efetuou os descontos de nove dias de trabalho do mês de agosto, que correspondem ao início da greve, e promete descontar, integralmente todos os dias de trabalho do mês de setembro, o que deixará os contracheques zerados.

Apoio

O ato também conta com o apoio da CTB-MA e também do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproessema). A coordenadora do Sinproesemma em Pinheiro, Leonilza Rodrigues, participou do ato e se solidarizou com os companheiros de Presidente Sarney. A dirigente cobra uma resposta urgente da prefeitura para pôr fim à paralisação dos profissionais.

Fonte: Sinproesema

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