Paulo Freire completaria 93 anos nesta sexta-feira (19). Morto em 1997, Freire colocou a pedagogia brasileira de ponta-cabeça ao elaborar uma metodologia onde todos os agentes da relação ensino-aprendizagem devem ser considerados. Assim, o professor deixa de ser o único transmissor de conhecimento e passa a dialogar de igual para igual com os educandos, respeitando o conhecimento de vida acumulado dos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Respeitado mundialmente, o educador pernambucano fundamentou o seu método na crença de que os elementos da realidade dos educandos devem fazer parte da didática utilizada para a transmissão do saber. Para Freire, a educação conservadora não leva em consideração o educando, dando ao professor práticas alienantes de ensinar. Ele defendia o oposto disso. Já que a tônica da educação tradicional “reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”, disse Freire.
No governo de João Goulart, Freire implantou o Método Nacional de Alfabetização com propósito de erradicar o analfabetismo, criando uma consciência crítica nos educandos. Preso e exilado após o golpe de 1964, retornou ao país em 1979 com a Anistia. Ainda foi secretário de Educação na administração de Luiza Erundina (1989-1993). Defendeu a educação como prática da liberdade para “ensinar o aluno a ler o mundo”, como o patrono da educação brasileira escreveu.
Assista abaixo uma história da vida do educador contada por ele mesmo:
Portal CTB