Reunidos em assembleia, na noite da última quarta-feira (10), trabalhadores dos Correios de São Paulo rejeitaram a proposta de 6,5% de reajuste salarial apresentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (16).
“A disposição de luta da categoria, fruto dos baixos salários, das péssimas condições de trabalho, da falta de funcionários, excesso de dobras e horas extras, além dos assaltos, ficou evidente”, destacou Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sintect-SP, em nota.
“Se a ECT não apresentar uma proposta melhor até a próxima assembleia, no dia 16 de setembro, os ecetistas de São Paulo entrarão em greve por tempo indeterminado a partir das 22 horas do mesmo dia”, reforça.
Intransigência
A direção da empresa tinha até o dia 5 de setembro para apresentar uma proposta da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os trabalhadores, em audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) .
Durante audiência, a ECT apresentou uma proposta de elevar sua proposta inicial e repartir R$ 38 milhões para R$ 76 milhões. A metade seria repartida de forma linear, igual para todos. A outra metade seria repartida com diferença de cinco vezes entre a maior e a menor parcela, e condicionada a critérios.
Além disso, a empresa quer empurrar aprovação das PLRs de 2014 e 2015, com critérios e condicionar essa proposta de PLR à assinatura do acordo coletivo com o reajuste de 6,5%. A proposta rejeitada unanimamente pela categoria.
Uma nova assembleia de greve está marcada para o dia 16 de setembro, às 19h, para organização do movimento. Neste mesmo também dia haverá assembleias nas bases dos Sindicatos Unificados (Bauru, RJ, RO, TO, RN), filiados à Federação Interestadual de Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect).
Portal CTB com Sintect-SP