A greve dos funcionários da USP (Universidade de São Paulo), que ocorre há mais de 100 dias com apoio de alunos e professores, dá os primeiros sinais de que as negociações estão na fase final.
Apesar do enfrentamento tenso com a reitoria e o governo durante toda a mobilização das universidades públicas paulistas, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deu veredito na terça-feira (9) para que a USP pague o abono de 28,6%, referente à reposição das perdas salariais de maio a dezembro de 2014, além dos 5,2% de reajuste em duas parcelas (setembro e dezembro) aos funcionários. Apesar do caráter imediato da decisão, apenas Unicamp e Unesp acataram os termos – elas passaram pelo mesmo processo de congelamento salarial.
A Reitoria da USP ainda espera a decisão do conselho para confirmar o pagamento do abono, que é o principal empecilho para o fim da paralisação. Apesar de o TRT ter feito uma proposta de reconciliação compatível com as finanças da reitoria, ela se demonstrou inflexível, por ora, rejeitando a proposta. Segundo o advogado Magnus Farkkat, da CTB, a intrasigência “impossibilita a finalização do impasse”.
Fonte: Portal CTB com informações da Sintusp