O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) realiza nesta sexta-feira (25), a partir das 16h30, no posto Carlos Gomes, em Salvador, asssembleia para aprovar proposta de greve a partir de 4 de agosto.
A proposta de paralisar os serviços nos postos de combustíveis reafirma a indignação da categoria diante da intransigência dos patrões em manter o reajuste salarial de 6,6%, inflação e menos de 1% de aumento real, e de não aceitarem a proposta de mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) de reajuste salarial e na ajuda de alimentação de 9%, além da implantação do plano de saúde, há 12 anos sendo negociado.
O estado de greve já tinha sido aprovado em assembleia na sexta-feira (11), a mais representativa dos últimos anos com a presença de trabalhadores de todas as redes de Salvador. Esta nova assembleia será realizada nesta sexta cumprindo todos os trâmites e prazos legais para que a greve não seja considerada ilegal.
A data-base da categoria é 1º de maio e após três meses de negociações os patrões se negaram a discutir a pauta, que contém além do reajuste salarial, direitos sociais como o plano de saúde, rever injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o pagamento justo dos domingos trabalhados.
Categoria é muito humilhada. Patrões cobram de boné a cheque devolvido
Segundo o presidente do Sinposba, Antonio José Santos, os trabalhadores em postos de combustíveis é muita humilhada, não possui ticket alimentação e nem plano de saúde. “A grande maioria dos patrões não cumpre os direitos trabalhistas, não fornecem transporte, uniformes e equipamentos de proteção individual e coletiva. Na maioria dos postos as instalações são precárias e até a água para consumo é de origem duvidosa.”
Boné, crachá, bota, água mineral, assalto e cheques devolvidos são cobrados. Muitos trabalhadores estão sem registro na carteira de trabalho, sem contracheque, cumprem jornada de trabalho excessiva, 12 horas sem hora de descanso e intrajornada. Também não possuem armários individuais e nem banheiros exclusivos, sem área de convivência e vestiários.
Proposta indecente
Os patrões mantêm a proposta indecente de reajuste salarial de 6,6%, apenas repondo a inflação e menos de 1% de aumento real; por isso aprovamos, democraticamente em assembleia e decretamos esta greve porque não aceitamos exploração, descaso e desrespeito com quem cumpre o dever de atender bem à população, gerando riqueza a esse patronato, que se comporta de forma intransigente, tanto na capital como no interior do estado.
Fonte: Sinposba