“Não temos nada a perder; não é justo receber um salário beirando o Salário Mínimo, vamos à luta, construir à greve e se for ao caso vamos até o dissídio, porque o Sindicato não aceita esta proposta indecente e nem vai assinar nenhum acordo que não seja para melhorar a vida de todos nós”. Antonio José, presidente do Sinposba.
A assembleia realizada pelo Sinposba, na tarde de sexta-feira (11), na sede da CTB Bahia, rejeitou por unanimidade a proposta patronal de reajuste salarial de 6,6%, inflação e menos de 1% de aumento real, estendido à ajuda alimentação, reafirmou o estado de greve, cumprindo todos os trâmites legais, com realização de outra assembleia, dia 25 de julho, para aprovar a deflagração do movimento, previsto para começar em 4 de agosto.
Todos os oradores repudiaram o descaso patronal em não querer discutir a pauta de reivindicações, que contém além do reajuste salarial, direitos sociais como o plano de saúde, rever injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o pagamento decente dos domingos trabalhados. O presidente Antonio José foi enfático em afirmar a mesquinhez dos patrões que rejeitam a proposta de contratação do plano de saúde coletivo há 12 anos, que só querem negociar o reajuste salarial com reposição da inflação, bem como o desrespeito ao apresentarem uma proposta indecente de aumento real.
A assembleia contou com a presença de Rosa de Souza, vice-presidente licenciada da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, dos diretores do Sindicato, que exaltaram a necessidade de união e luta, e o momento histórico da categoria que vem participando de todas as mobilizações realizadas em cada local de trabalho, e do advogado do Sinposba, Carlos Lyra, que explicou detalhadamente a Lei de Greve e o respeito aos prazos para que todo o processo seja legal e reconhecido pelo Tribunal Regional do Trabalho, bem como reafirmou que o Jurídico da entidade estará a postos para combater qualquer tentativa de represália à luta da categoria.
Representatividade
A presença de trabalhadores e trabalhadoras em postos de combustíveis representando todas as redes de Salvador, fez da assembleia a mais representativa dos últimos anos. Os depoimentos emocionantes dos trabalhadores demonstraram suas indignações diante das humilhações, injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o valor do pagamento dos domingos trabalhados, bem como a negativa do patronato em aceitar a proposta do Ministério Público do Trabalho – MPT de reajuste salarial de 9% e na ajuda alimentação, além da implantação do plano de saúde.
Fonte: CTB-BA