Servidores municipais de Salvador iniciaram uma caminhada partindo da região da Avenida ACM, na altura do Iguatemi, por volta das 11h desta quinta-feira (8). Eles estão em greve desde o dia 24 de abril cobrando a atualização da tabela de vencimentos para a conclusão da minuta do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV).
Os servidores municipais querem que a prefeitura apresente a tabela de vencimentos para a conclusão da minuta do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) da categoria. Eles participam de mesa permanente de negociação sobre o PCV, mas informam que não foram informados sobre valores e decisões do documento final do plano.
A direção do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) critica a postura da administração municipal, no que diz respeito, a condução das negociações com a categoria. “Estamos buscando um entendimento suficiente para garantir ganhos para os servidores. Queremos ter o devido merecimento pelo trabalho que realizamos. Somos guardiões dos cofres públicos e zelamos por isso. Não queremos jetons ou benefícios indevidos”, declarou o diretor da entidade, Josué Santana.
Mobilização
Além dos servidores que buscam a implantação do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV), os profissionais de assistência à saúde também resolveram manter a greve. A categoria almeja reajuste de salários e melhores condições de trabalho para atendimento à população. A gestão municipal não apresentou qualquer proposta de incremento salarial.
Na quarta-feira (7), os médicos aderiram ao movimento grevista. A decisão foi tomada em assembleia na noite de terça-feira (6). A principal insatisfação da categoria é a implantação do ponto eletrônico sem apresentação da norma regulamentatória, segundo explica Francisco Magalhães, diretor do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed).
Eles reivindicam também a falta de pagamento da insalubridade e falta de segurança nos locais de trabalho. “Tivemos conversa com a secretaria e não saiu nada de concreto. A lei determina que haja negociação na implantação do ponto, de forma isonômica. Decidimos que, enquanto a implantação não fosse discutida, os médicos não bateriam ponto. Com isso, muitos estão sendo descontados e isso acontece de forma aleatória, sem critério algum”, afirma.
Segundo o Sindseps, os serviços paralisados são: Guarda Municipal, salvamento aquático (Salvamar), fiscalização e operação de agentes da Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador ( Sucop), fiscalização do comércio informal pelos funcionários da Secretária de Ordem Pública (Semop), merendeiras e trabalhadores de serviços gerais das escolas municipais, além de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde.
Nesta sexta-feira os trabalhadores representados pelo Sindseps estarão reunidos, na praça Newton Rique, em frente ao Shopping Iguatemi para uma a assembleia, que acontece após a reunião de negociação com a Secretaria de Gestão. “Nos esperamos que a tabela de Planos de Cargos e Vencimentos seja adequeda e justa, com um reajuste digno, de acordo com as necessidades das categorias”, destacou Bruno Carianha, presidente do Sindseps.