“Se os professores do setor privado de ensino decretarem greve, os donos de escolas são os culpados”, afirmou o Coordenador Geral do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), Jackson Bezerra, indignado com a atitude desrespeitosa do Sindicato Patronal com a categoria.
Por decisão dos professores, o Sinpro Pernambuco pediu ao Ministério do Trabalho e Emprego que mediasse às negociações com o Sinepe. Essa reunião foi marcada para tarde desta quarta-feira (07/05), na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Nenhum representante dos patrões compareceu.
“Negar a categoria uma resposta sensata sobre o reajuste, sobre a melhoria das condições de trabalho, quando esses profissionais são os principais responsáveis pelo êxito da educação, é um absurdo e uma total falta de respeito”, afirmou Jackson.
O Sinepe argumentou que não poderia designar representantes para a reunião, pois estaria acontecendo nesta tarde, uma assembleia extraordinária para fim de avaliar o posicionamento dos professores. Contudo, não existe divulgação dessa assembleia no no site institucional do Sinepe e nem nos meios de comunicação. Essa atitude dar a entender que o Sindicato Patronal que protelar o processo de negociação.
“A decisão da direção do Sinpro é manter a assembleia dos professores para sexta-feira(09/05) às 14 horas, na sede do Sindicato e nas subsedes de Caruaru, Petrolina e Limoeiro. A assembleia dará uma resposta apropriada a esse tipo de tratamento.
Na última assembleia dos professores realizada no dia 29 de maio, a categoria negou por completo a contraproposta patronal. Isso porque os patrões se negam a incorporar à Convenção Coletiva de Trabalho, cláusulas sociais importantes para os professores como: liberação de até 15 dias para acompanhamento médico dependentes legais civilmente incapazes e portadores de necessidades especiais; o aumento do período da licença paternidade, oferta de bolsas de estudos para dependentes legais, e pagamento de vale alimentação. Além disso, a saúde não é prioridade para os donos de escolas, que não liberam os professores para a realização de exames preventivos, como do câncer de mama, do colo de útero e próstata.
Em mais uma nova iniciativa, o Sinpro protocolou um pedido de mediação para próxima segunda-feira (12), às 15h, na sede do MTE.
Fonte: Sinpro-PE