Prosseguindo com a Via Crucis dos trabalhadores da saúde, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (SindSaúde) realizará, nesta quarta-feira, 16 de abril, duas manifestações encenando a via crucis atualizada a partir do cotidiano dos profissionais da saúde.
A primeira ocorrerá pela manhã, a partir das 9h, com destino à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que fica na Rua 24 de maio, 178, Centro. Haverá concentração no Passeio Público, de onde sairá o cortejo da via crucis, com direito a atores de rua e banda tocando a marcha fúnebre.
Neste horário estará ocorrendo a terceira reunião, entre patrões e sindicato, relativa à Campanha Salarial 2014 dos profissionais de nível médio da saúde de hospitais privados e filantrópicos. Em outras duas reuniões os trabalhadores não obtiveram resultados positivos.
Além disso, o objetivo é denunciar a incapacidade de fiscalização da SRTE, cujo quadro escasso de servidores não dá conta das demandas. “Cansamos de pedir fiscalização em hospitais e clínicas em que os trabalhadores estão sem carteira assinada, com pagamento atrasado, trabalhando além do previsto em lei ou sofrendo desvio de função, mas a SRTE não tem condições de fazer o trabalho e os patrões ficam ‘livres’ para burlar as leis”, explica a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão.
Pela tarde, o trajeto começa às 15h, com saída da Gastroclínica (Av. Santos Dumont, 3371, Aldeota), passando depois pelo Harmony Medical Center (Av. Dom Luis, 1233, Papicu), encerrando-se no Hospital Monte Klinikum (Rua República do Líbano, 747, Meireles).
Durante o primeiro dia de via crucis, 15/4, o Sindsaúde esteve na Otoclínica e Hospital São Mateus.
Campanha Salarial 2014
A encenação da via crucis faz parte da Campanha Salarial 2014, em que os trabalhadores de nível médio da saúde, dos setores Privado e Filantrópico, reivindicam ticket alimentação e pisos salariais para todas as categorias, além de reajustes salariais. Realizada desde janeiro, a Campanha teve apenas duas negociações com os patrões, em que se mostraram irredutíveis com relação ao ticket alimentação e à criação de pisos para todas as categorias, além de terem indicado reajuste salarial que apenas repõe a inflação.
Fonte: SindSaúde-CE