A CTB Sergipe fará um ato público no Conjunto Augusto Franco, Bairro Farolândia, para comemorar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador. A manifestação terá a participação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Associação das Cooperativas dos Agricultores Familiares, e outras entidades do movimento social.
Essa foi uma das deliberações aprovadas por representantes de diversas categorias, a exemplo dos bancários, trabalhadores rurais, jornalistas, gráficos e servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Estado, durante a primeira reunião promovida pela entidade este ano.
A Central planeja, ainda, promover um debate com lideranças sindicais sobre o processo eleitoral no Brasil e em Sergipe. Para Edival Góes, presidente da CTB/SE, o Brasil atravessa uma fase bastante interessante, mas as eleições deste ano podem mudar essa trajetória. “Pode melhorar ou piorar, por isso é importante debater esse processo com as categorias”, ressaltou.
Durante a análise de conjuntura, Edival ressaltou que o Governo Dilma Rousseff tem sido torpedeado do ponto de vista da política econômica em decorrência dos juros altos, mas, mesmo assim, o País continua gerando emprego e a economia permanece crescendo, apesar de todas as dificuldades.
Golpe
Do ponto de vista político, o PMDB tem pressionado o governo depois que alguns ministros se desincompatibilizaram para concorrer a cargos eletivos. “O partido quer manter esses cargos e isso gera uma situação desconfortável do ponto de vista das alianças”, enfatizou.
Ele ressaltou que as pesquisas mostram uma queda na credibilidade da presidente Dilma, mas apontam para uma vitória no primeiro turno, se a eleição fosse realizada hoje. Edival alertou para a estratégia dos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos de apostar no desgaste do Governo Dilma, no entanto lembrou que as candidaturas deles ainda não decolaram.
“Precisamos estar atentos. A nossa democracia ainda não está consolidada e a direita busca se organizar, tentando promover passeatas 50 anos após o golpe militar. Não podemos permitir o retrocesso”, alerta Edival. Por isso, a CTB-SE pretende fazer um debate exclusivo sobre as eleições com lideranças do movimento sindical.
Edival ressaltou que o objetivo da CTB é lutar para manter o processo de desenvolvimento para que, em alguns anos, o Brasil alcance os patamares dos países de primeiro mundo, e o povo tenha saúde, educação e transporte de qualidade.
Liberdade
José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários, destacou a importância da 8ª Marcha dos Trabalhadores, que aconteceu nesta quarta-feira em São Paulo, como uma forma de pressionar o Congresso Nacional a votar os projetos de interesse da classe trabalhadora.
“Os parlamentares só votam a pauta do empresariado. Por isso, devemos acompanhar o processo eleitoral em Sergipe e no Brasil, lembrando que nada vem de graça para a sociedade: nem o pão nem a cachaça”, disse. Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Nacional, disse que o Brasil é referência mundial em relação à liberdade de organização sindical dos trabalhadores.
A dirigente da CTB lembrou que os Estados Unidos, país referência em liberdade no mundo, desmontaram o movimento sindical. Lá, os trabalhadores só podem se organizar se tiverem autorização do patrão. “No Brasil, temos que fazer movimento sindical para defender nossos planos de carreira, para ter um reajuste digno, mas também para poder participar das grandes decisões políticas”, salientou.
Fonte: CTB-SE