O Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, foi lembrado de uma forma diferente em Salvador. Na manhã desta segunda-feira, profissionais da área fizeram uma manifestação em frente a Secretaria Estadual da Saúde, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), para protestar contra a falta de uma política consistente de valorização dos trabalhadores e da saúde pública. O protesto foi organizado pelo Sindsaúde Bahia.
Este ano a data coincide com um momento de grande indignação da categoria em relação ao governo, que surpreendeu a todos ao aprovar, na Assembleia Legislativa, o índice de reajuste linear de 5,91%, rejeitado pelas entidades sindicais que negociavam a pauta de reivindicações da campanha salarial 2014. O reajuste ainda foi escalonado em duas parcelas, sendo 2% em abril retroativo a janeiro e 3,84% em julho. Mobilizado, o funcionalismo público continua exigindo a reabertura das negociações e a definição de ganho real além da mera reposição da inflação, além do pagamento retroativo da Unidade Real de Valor (URV), este último ponto, já determinado pela Justiça.
Segundo Inalba Fontenelle, presidente do Sindsaúde, a “privatização” do setor público e a frouxidão no controle dos planos de saúde são pontos que refletem a atual realidade do setor. “Infelizmente o governo tem agraciado o setor privado sem fazer a devida fiscalização”, disse , referindo-se a aprovação pela Câmara dos Deputados aprovou da Medida Provisória 627, que concede anistia parcial às prestadoras de planos de saúde não cumpridoras de contratos.
A dirigente também lembrou dos problemas de unidades baianas. “Nós temos greve na maternidade do Roberto Santos, temos uma reforma parada no Ernesto Simões, que não sabemos quando vai ser concluída, entre outras questões”, completou.
Fonte: CTB-BA