A vice-presidente a CTB -BA, Rosa de Souza, foi uma das onze baianas homenageadas pela Assembleia Legislativa do Estado na sessão especial pelo Dia Internacional da Mulher, realizada na manhã desta quinta-feira (20), em Salvador. A homenagem foi um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela sindicalista em diversas frentes de atuação.
Filha do sindicalista Washington José de Souza, Rosa entrou no movimento sindical em 1999, logo após o falecimento do seu pai. Integrou a Corrente Sindical Classista, a Central Única dos Trabalhadores e o Fórum de Mulheres da Cidade de Salvador. Atualmente, é diretora do Sindicato dos Comerciários, coordenadora financeira da União Brasileira de Mulheres (UBM), dirigente do Comitê Municipal do PCdoB em Salvador, além de militar na luta por moradia digna, na frente de combate ao racismo e em todas as causas contra a discriminação e o preconceito.
“Cresci vendo o meu pai militando no movimento sindical e sendo perseguido pela ditadura militar. Lembro também que a minha mãe sempre o apoiou, mesmo nos momentos mais difíceis. Com estes exemplos, a minha vida não poderia ser diferente”, disse Rosa.
Para a dirigente da CTB, a homenagem de hoje não foi apenas ao reconhecimento do seu trabalho, mas de todo o movimento sindical e de mulheres. “É o reconhecimento de uma luta que foi construída coletivamente por mulheres e homens que acreditam em uma sociedade mais igualitária e justa. Por isso, agradeço a todos que participaram desta luta comigo, minha família, meus amigos, meus companheiros de militância política e sindical pela oportunidade e receber esta homenagem em vida. Isto me alegra, pois mostra que deixei boas sementes por onde passei”, acrescenta.
A sessão foi realizada pela Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e a indicação do nome da cetebista partiu da deputada estadual Kelly Magalhães (PCdoB). Segundo a parlamentar, a homenagem a Rosa é um reconhecimento ao trabalho das milhares de comerciárias e trabalhadoras da Bahia. “Seja no comércio, seja na prestação de serviços, a maior parte da mão-de-obra é feminina. É preciso valorizar estas guerreiras, estas mulheres sacrificadas, que atuam no mercado de trabalho e cuidam das suas casas, das suas famílias”, declarou.
Fonte: CTB-BA