Com o lema Terra, Trabalho e Moradia, que cerca de 700 famílias ocuparam uma área de mais 600 hectares nas margens da SC-401, norte da ilha em Florianópolis, em um acampamento batizado Amarildo de Souza, em homenagem ao pedreiro assassinado pela polícia carioca no ano passado. O Juiz Jeferson Zanini deverá realizar uma audiência de conciliação na sexta-feira (7).
Esta ocupação já tem mais de um mês e segundo as lideranças do movimento irão construir um assentamento sustentável com preservação das águas e florestas, com educação para jovens e adultos onde possam viver com dignidade, criar os filhos, trabalhar a terra e ter uma casa adequada conforme as necessidades.
Um dos objetivos da CTB-SC é lutar por uma reforma agrária que aumente a produção de alimentos orgânicos e divida a terra – a maior riqueza deste país – para construir um país mais justo e igual. O Brasil precisa da luta da classe trabalhadora para continuar no caminho do desenvolvimento sustentável, soberano e auto-suficiente.
A terra ocupada é fruto de grilagem e o ex-deputado Artêmio Paludo (antiga Aliança Renovadora Nacional-Arena, partido da ditadura fascista, implantada em 1964, que posteriormente alterou seu nome para Partido Democrático Social-PDS), juntamente com Fernando Marcondes de Mattos, que também já foi secretário de estado na década de 1980/90. Os dois fazem parte do grupo político que governa Santa Catarina atualmente e se intitulam proprietários dessa terra. O fato que estes políticos/empresários não têm nenhum documento autêntico (escritura pública) que possa comprovar a posse da terra em questão.
Fonte: CTB-SC