Lideranças sindicais de São Luís e outros municípios maranhenses estão participando do primeiro Planejamento Estratégico Situacional da CTB Maranhão, que ocorre entre quarta e sexta-feira (29 a 31), orientado pelos especialistas do Centro de Estudos Sindicais (CES), Augusto Petta e Liliana Lima, de São Paulo. O objetivo é estabelecer o projeto de ações da CTB-MA para 2014.
Para atingir essa primeira etapa, os participantes estão concentrados numa espécie de imersão, na Casa das Irmãs da Misericórdia, no Turu. Dali sairá o calendário estratégico de atividades para a CTB-MA alcançar suas metas nos próximos doze meses.
O presidente da CTB-MA, Júlio Guterres, afirma que para qualquer entidade sindical atingir objetivos é fundamental para definir uma estratégia de ação.
“Com base no planejamento, a entidade desempenha suas atividades de modo realmente estratégico, evitando ações dispersas, sem um eixo forte que vincule sua atuação ao objetivo que pretende atingir. Sem definir claramente como alcançar uma meta, ninguém consegue chegar lá”, resume Guterres.
Na primeira manhã de atividades, os participantes falam sobre da sua visão e expectativas acerca da CTB-MA. A maioria das respostas diz respeito a fortalecer a central sindical com uma participação ainda mais ativa da entidade nos movimentos sociais.
Liliana Lima disse que o desafio mais importante do Planejamento Estratégico Situacional é querer e esforçar-se para transformar as expectativas em realidade. Outro desafio, segundo ela, é fazer isso a partir das experiências de vida de cada um, na área profissional ou mesmo na economia doméstica.
“O principal é cumprir, realizar o que for estabelecido no calendário estratégico”, adianta Liliana Lima.
“Acho a ideia do planejamento estratégico muito importante. É muito complicado faze qualquer coisa sem antes planejar. A CTB tem que mostrar para o Maranhão e para o Brasil que nós somos diferentes, que ela é uma central sindical diferente, e não vamos conseguir se não fizermos ações planejadas”, avalia o diretor da CTBMA e secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arame, Antônio Luís.
Um método inventado em prisão chilena
O presidente do Centro de Estudos Sindicais, Augusto Petta, explica que tudo começa com a análise situacional dos problemas para definir o que é o objetivo e como atingi-lo.
“Se um sindicato não planeja ações estratégias, acaba não tendo um papel de protagonista. Mas não adianta só planejar; tem que executar”, adverte Petta.
Ele conta que as bases do Planejamento Estratégico Situacional surgiram em 1970, quando, na prisão de Carlos Matus, ministro da Economia do presidente deposto Salvador Allende (Chile), pensou em um método que partia da análise de uma situação para traçar planos e chegar ao objetivo desejado.
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