Antes de encerrar o primeiro mês de 2014, é assustadora a onda de explosões de caixas eletrônicos em cidades do interior sergipano.
Na última quinta-feira e sexta-feira (15 e 16), os diretores do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE) visitaram as agências do Banese em Siriri e do Bradesco em Capela. Os sindicalistas estão acompanhando os desdobramentos das investigações.
Na madrugada dos dias 13 e 16, respectivamente nas cidades de Siriri (Banese) e Capela (Banco do Brasil), os bandidos utilizaram dinamites para explodir terminais de autoatendimento das agências bancárias.
Em Moita Bonita, na madrugada do dia 8 de janeiro, quatro homens estouraram dois caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil. Nos três casos, os assaltantes fugiram sem deixar pistas.
Localizada a 67km de Aracaju, em Capela esta é a segunda ação de marginais a bancos em menos de dois meses. Na madrugada do dia 05 de novembro de 2013, uma quadrilha estourou dois cashs do Bradesco. De janeiro a setembro de 2013, de acordo com dados divulgados pela Polícia Militar à imprensa local, pelo menos 13 explosões às agências e correspondentes bancários foram registradas em cidades do interior sergipano.
Insegurança
Das visitas às duas cidades os dirigentes do Seeb-SE retornaram impressionados com a ousadia das quadrilhas e com o clima de insegurança entre os funcionários e a população local.
O presidente do Seeb-SE, José Souza reafirmou às preocupações do sindicato com relação à falta de investimentos do Bradesco na instalação de portas giratórias nas agências do interior. O sindicalista também destacou a fragilidade da segurança pública. “Os assaltantes estão se beneficiando da ação insuficiente da segurança pública. As quadrilhas estão atuando na contramão da polícia: agem na madrugada enquanto os policiais dormem”, declarou José Souza.
“Minha impressão é que a segurança pública está deixando a desejar. Os assaltantes estão agindo livremente naquela região do estado. A polícia precisa tomar atitudes capazes de dar à sociedade do interior maior segurança. O que ouvimos das pessoas é que a polícia abandonou as cidades no período noturno”, conta a diretora de Comunicação do Seeb-SE, Ivânia Pereira.
Da comitiva do Seeb-SE ao interior também estavam os diretores Adêniton Santana, Hélio Pacheco e a representante da Federação dos Bancários da Bahia/Sergipe, Helenildes Navarro.
Por Déa jacobina – Seeb-SE