O ministro do Trabalho, Manoel Dias, vai agendar uma reunião entre a General Motors, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o Sindicato dos Metalúrgicos para tratar das demissões feitas pela montadora no dia 28 de dezembro na planta da empresa em São José dos Campos.
Em reunião na última segunda-feira (06), com diretores do sindicato, em seu gabinete, em Brasília, o ministro também se comprometeu a conversar com os colegas Guido Mantega, da Fazenda, e Gilberto Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República, para “articular algum acordo oportuno a todos os envolvidos”, informou em nota a assessoria do Ministério do Emprego e Trabalho.
Na semana passada, o diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, confirmou o corte de 1.053 trabalhadores da montadora.
Esse número engloba os operários desligados por meio dos PDVS (Programa de Demissão Voluntária) abertos no ano passado pela GM e os demitidos no dia 28 de dezembro.
Moan, no entanto, não informou o número de trabalhadores demitidos no final do ano passado.
Segundo ele, as dispensas efetivadas pela empresa são “irreversíveis e fazem parte de um acordo fechado com o sindicato em janeiro de 2013”.
Segundo a assessoria do MTE, ficou pré-agendado em São José dos Campos uma reunião com representantes do sindicato, da GM e da Anfavea. O superintendente do ministério em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros representará o ministro Manoel Dias nas negociações entre as partes.
Mais demissões em São José
Também em São José dos Campos, a indústria Radici Fibras, demitiu na segunda-feira cerca de 100 operários e anunciou o fim da produção de fibras acrílicas (Crylor).
Em nota, o Grupo Radici, de origem italiana, informou que vai manter na planta industrial, com cerca de 200 funcionários, a produção de fibras sintéticas de nylon com a marca Radilon.
Segundo a empresa, o encerramento da produção de fibras acrílicas decorreu da “difícil situação do mercado, que desde 2010 tem registrado uma queda brusca do consumo interno de fibra acrílica no Brasil, juntamente com a impossibilidade de aquisição de matéria-prima a preços competitivos, bem como o elevado custo energético (em particular, o do gás), além da forte concorrência representada pelas importações de produtos acabados”.
Portal CTB com agências