Chamar a atenção da sociedade para a necessidade de combater a violência doméstica. Este é o principal objetivo da panfletagem que a CTB Bahia, juntamente com outras centrais sindicais, realiza nesta terça-feira (10), das 7h às 8h30, na saída da Estação da Lapa, no Centro de Salvador.
O evento é parte das atividades dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, campanha que mobiliza milhões de pessoas em todo o mundo entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro.
A mobilização é ainda mais importante no Brasil, onde 16,9 mil mulheres foram assassinadas por parceiros ou ex-parceiros entre 2009 e 2011, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O número indica uma taxa de 5,82 casos para cada 100 mil mulheres.
Ainda de acordo com a pesquisa, apesar de representar um grande avanço no combate á violência doméstica, infelizmente a Lei Maria da Penha, em vigor desde setembro de 2006, não conseguiu reduzir as taxas anuais de mortalidade. Comparando o período antes e depois que Lei a entrou em vigor, entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22.
Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%).
As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos. A maior parte tinha baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.
Fonte: CTB Bahia