Na última quarta-feira (4), o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) protocolou no Ministério Público de Pernambuco e no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) um pedido de vistoria em caráter de urgência em todas as áreas do prédio do Colégio Mater Christi para interdição, a ação foi feita após o desabamento do teto de uma sala de aula que ocorreu na segunda (2), no momento do incidente não havia ninguém no local.
Prontamente, a Chefe de Segurança e Saúde do Trabalhador do MTE, Simone Homes, atendeu a solicitação do sindicato e enviou ao local um auditor da SRTE para fazer a vistoria e avaliar as condições de infraestrutura. Ficou constatado que existem áreas com comprometimento estrutural e risco de um novo desabamento. Desta forma o MTE determinou a interdição da instituição, por tempo indeterminado, até que uma obra de reestruturação seja feita em toda unidade de ensino.
O Sinpro Pernambuco está preocupado com a segurança dos alunos, funcionários e dos professores do centro educacional. Essa medida visa eliminar os riscos que comprometem a segurança e prevenir possíveis acidentes de trabalho, além de resguardar as vidas de todos os usuários do colégio.
“Hoje poderíamos está contabilizando uma tragédia no setor da educação em Pernambuco. A causa do acidente gira em torno da falta de manutenção das escolas”, afirmou o coordenador geral do Sindicato, Jackson Bezerra. O Sinpro irá solicitar ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Pernambuco (CREA), que seja realizada uma fiscalização em todas as escolas privadas de Pernambuco.
Para o sindicato o grande problema é que os donos de escolas tratam a educação como mercadoria, pois recebem volumosos recursos, pagam baixos salários e não investem em infraestrutura, colocando as vidas dos seus alunos e de seus profissionais em risco.
“Estamos atentos à questão, para evitar que outros acidentes ocorram no estado como a tragédia na Escola Internacional de Aldeia, em 2010, que deixou uma estudante de 4 anos morta”, informou o sindicato, o caso teria ocorrido durante a realização de uma obra no telhado da escola, onde a estrutura teria cedido sobre a criança.
Fonte: Sinpro Pernambuco