As centrais sindicais paraguaias ameaçaram, nesta quarta-feira (16), decretar uma greve geral no país se o governo sancionar a chamada Lei de Aliança Público-Privada (APP), qualificada pelos sindicatos como privatizadora.
O anúncio foi feito no Parlamento pelo líder da Corrente Sindical Classista (CSC), Eduardo Ojeda, após conversar com distintos legisladores e comprovar, segundo defende, a resistência ao projeto entre setores das distintas bancadas.
Ojeda fez duros questionamentos especialmente para os grupos de senadores governistas que foram decisivos na aprovação da proposta de lei, que está na Câmara dos Deputados. Ele qualificou de “delinquentes” quem deseja entregar o patrimônio nacional, segundo afirmou, para empresas e multinacionais estrangeiras e buscam “abrir as portas para a privatização sem limites no paraguai”.
As declarações de Ojeda foram divulgadas poucas horas após realizar-se uma marcha organizada pelo presidente e outros dirigentes do Partido Liberal que, apesar de ter feito um pacto com os conservadores do Partido Colorado , se pronunciaram contra o projeto e as demissões em massa, que estão ocorrendo no país desde que a gestão de Horácio Cartes.
Paralelamente, a Coordenação Democrática recém constituída por organizações políticas, sociais e camponesas, além das centrais sindicais desenvolveram nesta quarta uma audiência pública para denunciar o caráter privatizador desta lei.
Apoio dos professores
Igualmente, um contingente de professores concentrou-se em frente ao ministério da Educação para reivindicar a devolução do desconto salarial feita a milhares de educadores, por causa da greve protagonizada pelos trabalhadores em agosto. Os professores apontaram que se unirão à greve geral com as centrais sindicais em repúdio à lei.
Fonte: Prensa Latina