Em assembleias realizadas na última sexta-feira (11), os bancários da Bahia e Sergipe aceitaram a proposta da Fenaban e terminaram a greve nos bancos privados, porém, em sua maioria, decidiram permanecer na Caixa e no BNB, sendo que em Vitória da Conquista a paralisação continua também no Banco do Brasil. No total, são 231 agências fechadas, sendo 215 na Bahia (BB – 32, Caixa – 148 e BNB – 35) e 16 unidades do BNB em Sergipe.
Na base dos sindicatos da Bahia, Vitória da Conquista e Feira de Santana, estão marcadas assembleias para esta segunda-feira (14), no final da tarde, para avaliar o movimento e decidir o futuro da greve.
Na base dos sindicatos de Itabuna, Ilhéus, Jequié e Juazeiro, onde estão fechadas apenas as agências do BNB, as assembleias acontecerão nesta terça-feira (15). Em Sergipe, não tem ainda uma data agendada. Os bancários esperam que as direções das instituições revejam as propostas apresentadas e avancem nas questões específicas.
O BNB ofereceu reajuste de 8% sobre os salários e as verbas, pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), com distribuição de 9% do lucro, haverá pagamento da PLR Social referente a 3% do lucro, com adiantamento de 60%. Já a Caixa não considerou as reivindicações dos trabalhadores e ignorou pontos como o fim da discriminação no Reg/Replan, anistia dos dias parados, tíquete para aposentados e isonomia.
Greve forte na Bahia
Os bancários da Bahia mostraram durante a greve deste ano que quando o assunto é combatividade, o Estado é exemplo. Já no primeiro dia de paralisação, 19 de setembro, o alto índice de adesão mostrava que o movimento ia ser forte.
No primeiro dia em que os bancários cruzaram os braços, na Bahia, 543 agências ficaram sem atendimento. Número bastante superior ao registrado em 2012, de 380. A cada dia, a greve só se fortalecia e mais trabalhadores tomavam consciência de que só a radicalização era capaz de sensibilizar os banqueiros.
Em 15 dias de greve, as unidades fechadas já somavam 827. O silêncio da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que só marcou a primeira rodada de negociação no 16º dia de movimento, encorajou ainda mais a categoria. Na ocasião, a federação ofereceu apenas 7,1% de reajuste salarial, sumariamente negado pelo Comando Nacional.
Quando foram completados 20 dias de paralisação, 837 unidades estavam de portas trancadas. Enquanto a intransigência da Fenaban persistia, os bancários da Bahia continuavam firmes. O Sindicato, inclusive, realizou passeatas e protestos para chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de atendimento da pauta da categoria.
“Tivemos uma expansão da greve no Estado. A paralisação foi bem mais forte do que a do ano passado. Os bancários se empenharam e foi por causa da grande mobilização que conseguimos arrancar um reajuste salarial de 8%”, afirma o presidente do SBBA, Euclides Fagundes.
Portal CTB com Seeb