A revista alemã Der Spiegel (O Espelho) publicou na semana passada reportagem com base em levantamento do Parlamento Europeu sobre o combate ao crime organizado, lavagem de dinheiro e corrupção, onde aparece a denúncia de que vivem cerca de 880 mil pessoas em situação de trabalho escravo entre os países membros da União Européia (UE). Pelo estudo quase 220 mil mulheres são exploradas como escravas sexuais.
De acordo com a pesquisa, grupos criminosos ganham anualmente uns 25 bilhões de euros com o tráfico de pessoas. Os autores do documento destacam também que a UE sofre a cada ano um dano econômico de milhares de milhões de euros por estes negócios criminosos.
Os especialistas da UE estimam também que nos países membros do bloco operam ao redor de 3.600 organizações criminosas que ganham de 18 a 26 bilhões de euros com o negócio de tráfico de animais selvagens e órgãos humanos.
Na próxima quarta-feira (23), o Parlamento Europeu debaterá essa situação, que segundo o estudo agrava a crise e aumenta a corrupção no velho continente.
OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que há 20,9 milhões de pessoas no mundo em situação de trabalho forçado. Cerca de 90% estão na economia privada, escravizados por indivíduos ou por empresas, entre esses há 4,5 milhões (22%) que sofrem exploração sexual, enquanto 14,2 milhões (68%) são escravizados na agricultura, construção civil, trabalho doméstico ou industrial. Ainda ha 5,5 milhões de trabalhadores explorados dessa forma no mundo que ainda não completaram 18 anos.
Portal CTB com Prensa Latina, OIT e Der Spiegel