Diante da falta de respostas concretas da direção da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) os trabalhadores da companhia voltarão a cruzar os braços na próxima quarta-feira (9) em todo o estado.
A paralisação, que faz parte de uma jornada de mobilizações por mudanças na gestão da Casan, será de quatro horas (das 8h às 12h) nos locais de trabalho. As principais reivindicações da categoria são: a redução dos cargos comissionados e do número de diretorias executivas para cinco, além do fim das terceirizações. Os trabalhadores também exigem mais investimentos públicos – federais, estaduais e municipais – para o fortalecimento dos serviços de água e esgoto em Santa Catarina.
Após a paralisação de duas horas realizada na última quarta-feira (2) o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC), Odair da Silva, entregou documento de reivindicações ao presidente da Casan, Dalírio Beber. A solução apresentada pelo presidente é a criação de uma comissão, de caráter consultivo, para debater possíveis ajustes.
O Sintaema-SC, por outro lado, defende que basta vontade política para acabar com o “cabide eleitoreiro” na companhia e que, caso seja constituída uma comissão, que tenha caráter deliberativo.
Além das respostas evasivas, a direção da Casan agora ameaça cortar o ponto dos trabalhadores mobilizados. Para o sindicato, a retaliação visa desmobilizar e amedrontar a categoria, mas, ao mesmo tempo, os trabalhadores se sentem desrespeitados e devem fortalecer a mobilização. Os próximos passos devem ser definidos em assembleia estadual, com data indicativa para a próxima sexta-feira (11) dependendo das respostas da direção da companhia.
Fonte: Sintaema-SC