Começa nesta terça-feira (8) e vai até quinta (10) a eleição para a Direção, Conselho Fiscal e Delegados na Federação do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Estado da Bahia (Sinposba). Os frentistas classistas concorrem, em chapa única, para os próximo quatro anos (2013-2017).
Os trabalhadores começaram a organizar a categoria ainda na oposição, em 1991. Lutaram durante anos para derrotar a oposição que impedia a sindicalização e agredia quem fosse à sede filiar-se, além de impugnar qualquer chapa da oposição.
Após várias tentativas de concorrer às eleições sem êxito, os frentistas conseguiram uma intervenção em 2001 da Justiça do Trabalho que organizou o pleito, onde os classistas venceram a eleição e assumiram a direção do sindicato.
Segundo o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, quando os classistas venceram as eleições implantaram na entidade uma gestão comprometida com os interesses da classe trabalhadora, seus direitos, bem-estar social e em defesa da saúde e do meio ambiente de trabalho. Ao longo dos anos construíram um invejado histórico de lutas, inserindo a entidade no cenário sindical.
“Hoje o Sinposba é uma entidade respeitada por outros sindicatos de trabalhadores, instituições públicas federais e estaduais, Fenepospetro e CTB, entidades às quais é filiada, justamente pela atuação dos seus dirigentes, que souberam com garra e determinação unir a categoria diante de péssimos patrões, que só pensam no lucro em detrimento da exploração e desrespeito aos direitos da categoria. Por isso a CTB tem orgulho em ter seus quadros esta entidade guerreira, e apresenta à categoria a Chapa 1 – Experiência com Renovação e Luta, para dirigí-la por mais quatros anos, mantendo seu caráter classista de lutas e vitórias”, disse Araújo.
Antonio José Santos, presidente do Sinposba e candidato à reeleição, afirma que “a categoria é muito humilhada pelo patronato; é uma das poucas que não possui plano de saúde, tíquete refeição, cesta básica, conta salário, cartão benefício, com algumas empresas descontando fardamento e o piso é de um Salário Mínimo. Os trabalhadores são obrigados a arcar com todo tipo de prejuízo que o posto sofra, como: assaltos, cheques devolvidos, cartões clonados e falta de estoque; denúncias chegam ao Sindicato de que trabalhadores são coagidos a assinarem documentos frios como se estivessem recebendo vales no salário para justificar os descontos indevidos. Só a unidade da categoria derrotará péssimos patrões, por isso afirmo que é importante que a entidade tenha uma Direção classista, comprometida em combater o todo tipo de desrespeito aos trabalhadores e as praticas antisindicais comoa contratação de milícias para agredir sindicalistas, advogados e trabalhadores; a mais recente foi a suspensão do repasse das mensalidades dos associados para o Sinposba.”
Por: Kardé Mourão