As centrais sindicais do país estão unidas mais uma vez com o objetivo, agora, de que o Projeto de Lei 4330/2004 – que amplia a terceirização e reduz os direitos dos trabalhadores – seja rejeitado. Na manhã da última terça-feira (06), a CTB, CUT, CGTB, FS, NCST e UGT se concentraram em frente às sedes das duas principais entidades patronais do Estado: Fecomércio e Fiergs, para o ato denominado “Dia Nacional de Luta contra o PL4330”.
Depois das manifestações nas portas das entidades, cerca de 500 pessoas entre dirigentes sindicais e trabalhadores das mais diversas áreas fizeram uma passeata que percorreu as avenidas Alberto Bins e Voluntários da Pátria, passando pela Prefeitura Municipal e se posicionando defronte ao prédio da Federasul, localizado na rua Visconde do Cairu. Os manifestantes fizeram todo o trajeto gritando palavras de ordem e segurando faixas com os dizeres “País de primeira não pode ter emprego de terceira” e “Contra o PL 4330 que amplia terceirizações e retira direitos”.
O dia 6 de agosto foi escolhido por ser a data em que o Congresso Nacional retoma os trabalhos após o recesso do primeiro semestre. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, considerou o movimento extremamente positivo. “A construção da unidade das centrais sindicais se mostra cada vez mais acertada porque os sindicatos estão compreendendo a importância dessa união para enfrentar o novo ciclo de ofensivas que os patrões têm feito contra os direitos trabalhistas. Os trabalhadores atenderam ao pedido das centrais e centenas participaram do ato, demonstrando disposição de luta contra a flexibilização dos direitos trabalhistas. Escolhemos iniciar na Fecomércio por se tratar do símbolo da gestação de projetos contrários aos interesses dos trabalhadores. A caminhada foi feita para mostrar à população o objetivo da CTB e das demais centrais: protestar contra a retirada de direitos.”
Guiomar Vidor defendeu que a luta precisa continuar. “Estamos propondo para as centrais sindicais que se inicie, ainda esse mês, uma mobilização rumo à Brasília com a permanência dos dirigentes e trabalhadores acampados em frente ao Palácio do Planalto a fim de que a pauta dos trabalhadores avance. Projetos como redução da jornada, o fim do fator previdenciário, valorização dos aposentados sejam aprovados no Congresso Nacional”, declarou.
Fonte: CTB-RS
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