Os bancos tentam, mas não conseguem enfraquecer a greve nacional que, nesta quinta-feira (03/10), completa 15 dias. Nos 26 estados e no Distrito Federal, a paralisação atinge mais de 11 mil agências, crescimento de quase 75% em relação ao primeiro dia, quando foram fechadas 6.145 unidades.
Na Bahia, o movimento atinge 826 agências, sendo 467 da base do Sindicato. Os números mostram que a intimidação não funciona. Ao invés de chamar para negociar, os bancos e as direções das instituições públicas desrespeitam o direito greve, pressionando para que os funcionários cheguem na madrugada ou, em alguns casos como no Itaú Iguatemi, para que passem pelo acesso dos caixas eletrônicos.
A postura das empresas prejudica também a população. A única proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi há quase um mês, em 5 de setembro, depois de cinco rodadas de negociação. Na ocasião, o setor que mais lucra no país ofereceu reajuste salarial de 6,1%, índice que não contempla aumento real. Uma afronta.
Os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, investimento em segurança, fim das demissões em massa, inclusão bancária, igualdade de oportunidades com a contratação de, pelo menos, 20% de afro-descendentes e o fim das terceirizações.
Fonte: Seeb-BA