Greve dos bancários cresce no interior sergipano

No interior sergipano, as agências do Banco do Estado de Sergipe (Banese) das cidades de Areia Branca e Campo do Brito e a agência do Banco do Nordeste (BNB) em Neópolis também se renderam à greve nacional dos bancários.

Somando mais um posto de atendimento do Banese na capital, sobe para 186 o número de agências e postos de atendimentos fechados em todo o estado.  No final da tarde de hoje, dia 26, os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) tiveram nova rodada de negociação com o Banese.

“O banco não apresentou nenhuma contraproposta e agendou nova reunião para o dia 30”, conta o presidente do Seeb/SE, José Souza.

Na capital, não houve mudanças. No oitavo dia, a greve continua vigorosa com todas as agências fechadas do setor privado. No interior estão fechadas 97% das agências dos bancos federais (BB, Caixa e BNB), ou seja, das 71 agências desse setor 69 aderiram à greve. Do banco estadual, estão fechadas 70% das agências do Banese no interior.  

O Estado de Sergipe tem 213 agências de nove bancos: 177 (agências e postos) são do setor público (BB, Caixa, BNB, Banese) e 36 do setor privado (Itaú/Unibanco, Mercantil do Brasil, Bradesco, HSBC e Santander).

“A greve dos bancários não é apenas por reajuste salarial, a luta é mais ampla. A categoria tem denunciado as exigências por metas que estão adoecendo os trabalhadores dos bancos, as longas filas e a ausência de seguranças nas agências. As reivindicações são justas e os banqueiros tiveram lucros estratosféricos. Eles estão em plena condição de atender os itens da campanha salarial de 2013/2014”, afirma José Souza.

As principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

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