Nesta quarta-feira (25), a greve nacional dos bancários completou uma semana com um crescimento de 63,12%. Já são 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados paralisados em todo o país. O movimento iniciou na quinta-feira (19) com 6.145 unidades fechadas.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), melhorias na PLR (Participação dos Lucros e Resultados), no auxílio-alimentação e auxílio-creche/babá e auxílio-educação, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários, entre muitas outras reivindicações.
Mas a entidade patronal Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) silencia sobre todas as reivindicações dos trabalhadores e se recusa a sentar-se à mesa de negociação. Mantém-se intransigente em sua ridícula proposta reajuste de 6,1%, o que não corrige nem a inflação do período e está muito aquém dos altíssimos lucros obtidos pelo setor bancário no Brasil nos últimos anos.
O Comando Nacional dos Bancários reúne-se nesta quinta (26), às 14 horas, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana da greve e definir os próximos passos da mobilização para forçar a reabertura das negociações. A CTB presta todo apoio à greve dos bancários.
Acompanhe um breve balanço da paralisação pelos estados:
Em São Paulo, Osasco e região, já são 32 mil trabalhadores de braços cruzados em 683 locais de trabalho sendo 15 centros administrativos e 668 agências. No Amazonas, mais de 12 mil agências tiveram suas atividades paralisadas até a terça-feira (24) e espera-se que este número aumente no decorrer da greve. O sindicado dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, na Bahia, informou que o número de agências fechadas subiu de 53 (no primeiro dia) para 66, com 81,5% dos funcionários parados.
Com crescimento ímpar, 973 agências amanheceram fechadas na Bahia e em Sergipe. Sendo 791 unidades baianas paralisadas e 182 sergipanas. Somente em Salvador, os bancos públicos suspenderam as atividades em 124 unidades contra 357 pelo interior do estado. Os funcionários dos privados cruzaram os braços em 145 agências na capital e 165 no interior.
No Rio de Janeiro, 500 agências já paralisaram os trabalhos. Ao todo, mais de 10 mil bancários estão parados na capital e no interior de Pernambuco, segundo o sindicato da categoria. Esse número representa 86% dos 12 mil trabalhadores do estado. No Ceará, o número de agências paradas subiu de 313 para 349, das 507 existentes. Fortaleza tem 172 agências fechadas e as cidades do interior contam com 177 com os serviços paralisados.
Depois do sucesso das manifestações ocorridas na terça (24) em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande, entre diversos outros municípios. Mais protestos estão programados para esta quarta em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador e várias outras cidades. Na Paraíba, quse 100% estão paralisados e no Mato Grosso também. A greve dos bancários cresce a olhos vistos.
Portal CTB com informações de sindicatos