Pequim, 3 nov (Lusa) – O número dois do regime chinês, Wu Bangguo, partiu nesta segunda-feira para a Argélia, norte da África, na primeira etapa de uma viagem oficial de visitas de duas semanas pelo continente africano.
Wu Bangguo irá também a Gabão, Etiópia, Madagascar e Seychelles. Em Adis-Abeba, a capital etíope, a comissão visitará a sede da União Africana, cujo novo Centro de Conferências vai ser construído por uma empresa chinesa.
O presidente da Assembléia Nacional Popular chinesa, de 67 anos, é o segundo homem mais importante da hierarquia comunista, depois do secretário-geral do partido e presidente chinês, Hu Jintao.
Comércio
O comércio entre a China e África deverá ultrapassar neste ano, pela primeira vez, a casa dos US$ 100 bilhões (R$ 216 bilhões).
No primeiro semestre de 2008, as importações chinesas da África aumentaram 92%, somando cerca de US$ 30 bilhões (R$ 64,8 bilhões), e as exportações, no valor de US$ 23 bilhões (R$ 49,6 bilhões), subiram 40%.
A influência chinesa na África tem aumentado também no plano diplomático: apenas quatro países (Burkina Fasso, Gâmbia, Suazilândia e São Tomé e Príncipe) mantêm relações oficiais com Taiwan, a ilha onde se refugiou o governo nacionalista após a tomada do poder pelo Partido Comunista, em 1949, e que Pequim considera uma província da China.