Cerca de 40 membros do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região participaram na manhã desta sexta-feira, 30, do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, em Porto Alegre. As centrais, federações e seus sindicatos decidiram promover ato, realizado defronte os portões da Expointer, em Esteio. O local foi escolhido pois representantes do governo federal estavam presentes na abertura oficial da feira.
Em três horas de prostesto, membros de entidades representativas dos trabalhadores clamavam pelo fim do fator previdenciário e pelo repúdio do Projeto de Lei 4330, que amplia as terceirizações, precariza as relações de trabalho e atenta contra a CLT, exatamente quando ela completa 70 anos de existência. O PL 4330 está na pauta da Câmara dos Deputados para ser votado a partir do dia 3 de setembro.
O presidente em exercício do sindicato, Leandro Velho, em seu pronunciamento, destacou que a unidade dos trabalhadores é fundamental e que os debates de questões importantes para a classe devem ser levados para dentro das fábricas e para a sociedade em geral. “Temos que mostrar indignação pela retirada de direitos dos trabalhadores. Esse chamado das centrais para atos como este é muito importante, pois somente juntos podemos avançar. É papel do sindicato dialogar com os trabalhadores e com a sociedade. Não podemos ser a geração que entrega direitos, que não participa da luta. Sem luta não há conquistas.”
O diretor do sindicato, que esteve também representando a Fitmetal, Alberto Gonçalves, salientou que é preciso mostrar para a sociedade a realidade e a pauta dos trabalhadores. “Queremos que os governantes olhem para os trabalhadores, que vejam as pautas importantes para esta classe que tanto contribui para o desenvolvimento do nosso país. O Brasil não pode regredir, temos que avançar, mas somente com luta poderemos avançar.”
Ao fechar o ato, Guimar Vidor, presidente da CTB-RS, afirmou que no dia de hoje, através da unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais, se construiu um dia nacional de lutas em defesa da classe trabalhadora e da sociedade do país.
A decisão pela paralisação nacional foi confirmada diante da intransigência do Governo Federal em negociar a pauta da classe trabalhadora, entregue no dia 6 de março para a presidente, após a caminhada que reuniu cerca de 60 mil sindicalistas, em Brasília, e a greve nacional realizada no dia 11 de julho. Nem mesmo o documento entregue pelo presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, à presidenta Dilma durante a inauguração do Aeromóvel recebeu qualquer resposta.
Por Fabíola Spiandorello