O Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Catanduva (Sintramcat), cidade do interior de SP, iniciou as negociações com as empresas cuja data-base é 01 de setembro.
E as manifestações já começaram com muito ‘barulho’. Na última semana, a entidade fez assembleias na porta de três empresas – para aprovação da pauta de reivindicação – e garantiu a data-base com as mesmas, após reunião no Ministério do Trabalho e Emprego.
Na Basical, materias para construção, o Sintramcat representa os ajudantes de motoristas e operadores de empilhadeiras e reinvindica pisos salariais de R$ 1.380,00 e R$ 1.480,00, respectivamente.
Há, ainda, o pedido de ticket alimentação de R$ 180,00, hora extra de 70%, adicional noturno de 40%, prêmio de R$ 400,00 pela Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além da jornada de trabalho de 40 horas semanais.
“Durante assembleia na porta da Basical, pedimos o fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que, atualmente, não é dado aos trabalhadores”, explica o presidente do Sintramcat, Reginaldo Borges.
Arrumadores, conferentes e operadores de empilhadeiras são os movimentadores de mercadorias representados pelo Sintramcat no Maranhão Atacado. Com a empresa, a entidade já garantiu a data-base e, também, reuniu-se com os trabalhadores.
O reajuste de 10% e pisos salariais de R$ 1.120,00 (arrumadores), R$ 1.393,76 (conferentes) e R$ 1.412,70 (operadores de empilhadeira) estão entre os itens da pauta de reivindicação, que prevê também:
– 10% de reajuste sobre a gratificação por produtividade;
– hora extra de 70%;
– adicional noturno de 40%;
– ticket alimentação de R$ 180,00;
– PLR: R$ 400,00;
– fornecimento gratuito de refeição.
Outra negociação em curso é com a Casadoce, onde trabalham auxiliares de expedição, conferentes e operadores de empilhadeira. O Sintramcat quer um aumento de 10% e pisos salariais de R$ 1.190,00, R$ 1.386,00 e R$ 1.493,00, respectivamente.
O Sintramcat reivindica, ainda, hora extra de 70%, adicional noturno de 40%, jornada de 40 horas semanais e R$ 350,00 de auxílio alimentação.
Avaliação
O presidente do Sintramcat, Reginaldo Borges, acredita que as negociações serão bastante difíceis e que os patrões apresentarão os mesmos argumentos, como economia em ritmo lento, vendas abaixo do esperado.
“Porém, o Sindicato e os trabalhadores veem investimentos da empresa em ampliações, aumento de frota, o que indica que a situação não está tão ruim como ‘pintam’. Somente na época das negociações é que essas desculpas aparecem”, salienta.
Segundo ele, caso as empresas se neguem a negociar um reajuste digno – com aumento real e boas condições de trabalho –, o Sindicato não descarta a realização de grandes manifestos.
Fonte: Sintramcat