Reunidas em plenária, as centrais sindicais do Rio Grande do Sul, definiram as atividades que serão realizadas nesta sexta-feira (30), data escolhida para o “Dia Nacional de Mobilização e Paralisação”. As centrais, federações e seus sindicatos decidiram promover ações na Grande Porto Alegre e nas regiões Sul, Serra, Missões e Centro do Estado.
Serão feitas paralisações em garagens de ônibus, buscando a adesão dos trabalhadores em transportes e em vários outros locais. Na região Metropolitana de Porto Alegre, entre as diversas manifestações, será feito um ato em frente ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio – onde está sendo realizada a Expointer – ocasião em que a presidenta Dilma Rousseff estará presente.
A decisão foi confirmada diante da intransigência do Governo Federal em negociar a pauta da classe trabalhadora, entregue no dia 6 de março para a presidenta, após a caminhada que reuniu cerca de 60 mil sindicalistas, em Brasília, e a greve nacional realizada no dia 11 de julho. Nem mesmo o documento entregue pelo presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, à presidenta Dilma durante a inauguração do Aeromóvel recebeu qualquer resposta.
Conforme Guiomar Vidor, a pauta em defesa dos trabalhadores volta às ruas, porque o Governo Federal não avançou em nada nas reivindicações depois de várias mobilizações. “Como até agora o governo não deu sinais de que vai atender a nossa pauta, dia 30 de agosto haverá nova mobilização em protesto contra o descaso aos trabalhadores. Estaremos nas ruas e mostraremos toda a nossa insatisfação, com mais protestos e paralisações”.
Esta mobilização dará prioridade a duas questões consideradas vitais para os trabalhadores: o fim do Fator Previdenciário e o Projeto de Lei 4330, que amplia as terceirizações, precariza as relações de trabalho e atenta contra a CLT, exatamente quando ela completa 70 anos de existência. O PL 4330 está na pauta da Câmara dos Deputados para ser votado a partir do dia 3 de setembro.
Fonte: CTB-RS
Foto: Márcia Carvalho/Fecosul