As negociações entre comerciários e patrões continuam empacatas no Rio Grande do Sul. Em mais uma rodada de negociações, os patrões seguem com seu discurso intransigente, sem querer atender às solicitações dos trabalhadores da categoria.
As direções do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas do Comércio) e do Sindigêneros (Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios) ofereceram 8% de reajuste.
Para chegar a um denominador comum, o Sindicomerciários (Sindicato dos Empregados do Comércio) já havia flexibilizado o valor do reajuste de 12 para 11%. Algumas cláusulas como a licença maternidade de 120 para 180 dias e a multa em caso de vencimento do prazo para homologar rescisões de trabalho, também não foram aceitas.
“Não há boa vontade porque nem quando a cláusula não gera custo, ela é aceita, como no caso do cumprimento do prazo para homologação das rescisões de acordo com o artigo 477 da CLT”, disse o presidente do Sindicomerciários, Sílvio Frasson.
Também houve tentativa de negociar o auxílio estudante e o ticket alimentação, ambos negados pelos sindicatos patronais, bem como as tratativas sobre o trabalho aos domingos e feriados.
“Os valores ainda são muito baixos e achamos que algumas cláusulas ainda têm que ser pensadas e atendidas. Há condições para propostas melhores, tendo em vista os números do comércio no último ano”, explicou o presidente da CTB-RS e da Fecosul, Guiomar Vidor.
Nos próximos dias, o Sindicomerciários prepara mobilizações junto à categoria para cobrar avanços nas negociações.
Fonte: Fecosul