Mais uma rodada de negociação do dissídio dos comerciários de Caxias do Sul terminou sem definição.
Na manhã desta sexta-feira (08), o presidente do Sindicomerciários, Sílvio Frasson, diretores do Sindicato, e o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) e da Fecosul, Guiomar Vidor, estiveram reunidos com a diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros) para rever a proposta de 6,97%, rejeitada pelos trabalhadores em assembleia.
Além do baixo valor, a proposta também incluía a retirada de direitos como: o aumento do intervalo de três para quatro horas entre os turnos, a manutenção do trabalho nos feriados (exceto 1º de maio, Natal e 1º de janeiro), a retirada do pagamento de quebra de caixa, a compensação do banco de horas em 60 dias (e não mais em 30), a diminuição do auxílio creche de seis para quatro anos e a limitação a pagamento de um quinquênio.
A contraproposta apresentada pelo Sindicomerciários foi de 11% de reajuste salarial, sem a retirada dos benefícios conquistados em negociações anteriores.
“Estamos na luta por melhores condições de trabalho. Não podemos aceitar uma proposta na qual temos que abrir mão de direitos. Queremos negociar avanços para a categoria”, explicou Frasson. O presidente do Sindicomerciários também citou números positivos do desempenho do comércio, divulgados na última quarta-feira (7) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas, que apontam crescimento de 3,1% de crescimento em junho em relação a maio.
Os representantes do Sindigêneros solicitaram uma reunião para a próxima semana para se manifestarem quanto à contraproposta.
Fonte: Sindicomerciários