Cerca de 20 jovens que fazem parte da lista dos aprovados no concurso de 2011 do Banco do Estado de Sergipe (Banese) protestaram na manhã desta quinta-feira (1º), na porta da agência central do banco. Eles exigem do Banese agilidade na convocação dos concursados. Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB-SESE) participaram da organização do ato e denunciaram o processo de terceirização dos bancos em Sergipe.
O SEEB defende concursos públicos e participa do movimento nacional contra o projeto de lei nº 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil.
As faixas, os cartazes contra a terceirização e os tambores do SEEB/SE chamaram à atenção dos funcionários, clientes do banco e das pessoas que circulavam no local. Dezenas de baneseanos da agência ouviram o apelo do sindicato e se solidarizaram com os manifestantes.
“Estamos defendendo apenas o nosso direito de ser convocados. Mais de 17 mil pessoas se inscreveram. Investimos, estudando para passar. Passamos e queremos trabalhar. Sabemos que muitos dos 104 convocados da lista geral já pediram para sair. O banco precisa de mais funcionários, todo mundo sabe disso”, reivindica J. S. , um dos concursados.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, José Souza a reivindicação dos concursados para apressar a convocação é justa e dialoga com as reivindicações dos bancários. “O Banese tem concurso em vigor e as agências precisam de mais funcionários. Nessas condições, a melhor estratégia para ajudar no fortalecimento do Banese é justamente convocar esse pessoal. Estamos juntos nesta luta dos concursados: queremos mais bancários para o Banese”, afirma Souza.
Ainda segundo Souza, em vez de convocar mais pessoas do último concurso, o Banese está usando o artifício da terceirização, comum entre as empresas capitalistas. “O próprio concurso foi uma exigência do Ministério Público do Trabalho, que reconheceu a necessidade de mais funcionário para o Banese. Mas, o Banese prefere contratar estagiários e mão de obra terceirizada. Nós condenamos esta prática”, critica Souza.
Déa Jacobina – SEEB-SE